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Uber disponível para dialogar com taxistas

24 fev, 2016 - 18:23

Polémica entre o serviço de transporte privado e os taxistas já decorre há cerca de um ano.

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A empresa que gere o serviço Uber em Portugal considera que os taxistas, que protestam no aeroporto de Lisboa, têm direito a manifestar-se de forma pacífica e mostrou-se disponível para dialogar com os operadores no sector da mobilidade.

Dezenas de taxistas estão concentrados à porta das chegadas do aeroporto da Portela, em Lisboa, numa manifestação espontânea em protesto contra o serviço de transporte privado Uber (requerido através de uma aplicação móvel), não havendo, por isso, serviço de táxis no local.

Numa nota enviada à agência Lusa, a Uber considera que "qualquer grupo tem o direito de se manifestar, desde que de forma pacífica e em respeito pela ordem e tranquilidade públicas".

"Esperamos que a moderação e o bom senso prevaleçam", realça, na nota, a empresa.

A Uber defende que as soluções tecnológicas podem "ajudar a melhorar e a modernizar o sector da mobilidade como um todo" e afirma que "os táxis e as aplicações de mobilidade, como a Uber, podem coexistir e trabalhar de forma conjunta para dar resposta a esta procura".

"Acreditamos que o diálogo e o entendimento mútuo com operadores no sector da mobilidade devem ser o caminho a seguir: estamos sempre abertos à discussão com todas as entidades públicas e privadas", acrescentou a empresa.

Como explicou à Lusa Eduardo Cacais, da Federação Portuguesa do Táxi (FPT), a manifestação espontânea "surgiu depois de um taxista ter pedido a um agente da PSP para identificar um veículo da Uber e o agente mandou embora o veículo e autuou o taxista".

A actuação do agente da PSP "motivou este sentimento de revolta": "Sentimo-nos lesados", disse.

Desde as 14h00 não há serviço de táxi no aeroporto. Os veículos estão todos parados nas praças de táxi e nas suas imediações.

Eduardo Cacais adiantou que "a PSP está a anotar as matrículas dos táxis" que estão ali parados (fora das praças de táxi).

No protesto estão presentes o presidente da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), Florêncio Almeida, e o presidente da FPT, Carlos Ramos.

Os dirigentes foram recebidos por um representante da ANA - Aeroportos de Portugal, pelas 16h00.

Quando saíram da reunião, seguiram para a residência oficial do primeiro-ministro. Os taxistas irão manter-se em protesto no aeroporto até que estes representantes regressem.

Comentários
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  • antónio
    24 fev, 2016 lisboa 19:57
    E porque raio é que os "taxistas" não aderem à Uber, e criam regras de atuação semelhantes.
  • cs
    24 fev, 2016 LX 19:33
    Nota-se uma falta de brio profissional e de educação em quasi 90% dos taxistas que operam em especial na cidade de Lisboa. Mal apresentados, barba por fazer, conduzem de sapatilhas como se estivessem em países extremamente quentes, etc. Acho que muitos deles deveriam de fazer uma reciclagem por empresa idónea e não na associação a que pertencem pois passa tudo e tudo está bem. Muitos deles em especial á noite quando se sai das chegas do aeroporto têm uma apresentação nada recomendável, e cobram mais que o estabelecido por lei. Enfim as associações a que pertenecem se clahar também não os educam convenientemente. Deveriam de ter cursos de reciclagem semestrais como existe em algumas cidades europeias. Eles que viagem até á Alemanha para verem como se comportam os taxistas no aeroporto de Dusseldorf/Hamburgo/ Frankfurt, com uma educação extrema e com a particulariedade de todos eles falarem inglês, já me sucedeu com um taxista lá que nem sequer me deixou pegar na bagagem quando pedi o serviço, ele é que a colocou na viatura e a retirou, de camisa gravata e casaco e a conduzir com uma luva preta na mão direita, e não estão á espera de gorgeta como os de cá. Acho que a UBER deve continuar e eles taxistas que se modernizem e que façam o mesmo mas que sejam apresentáveis perante o cliente.
  • Ricardo
    24 fev, 2016 Braga 19:14
    A solução é os taxistas usarem o Uber. Os taxistas deviam de ter uma aplicação do género para os táxis, eles tem que se adaptar às novas tecnologias. O mundo não para e fica a olhar para eles. Não tenho nada contra os taxistas. Mas acho que o consumidor deve de escolher o melhor no meu entender.
  • Ricardo
    24 fev, 2016 Braga 19:14
    A solução é os taxistas usarem o Uber. Os taxistas deviam de ter uma aplicação do género para os táxis, eles tem que se adaptar às novas tecnologias. O mundo não para e fica a olhar para eles. Não tenho nada contra os taxistas. Mas acho que o consumidor deve de escolher o melhor no meu entender.

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