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Bandeiras na lapela, lápis azul e mobília em risco. O debate do Orçamento em 10 frases

22 fev, 2016 - 21:07

Proposta de Orçamento do Estado começou a ser discutida esta segunda-feira no Parlamento. Foram quase cinco horas e meia de braço de ferro entre a maioria de esquerda e a direita.

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Os deputados começaram, esta segunda-feira, a discutir a proposta de Orçamento do Estado para 2016. Foram quase cinco horas e meia de troca de acusações entre o Governo apoiado pela maioria de esquerda e a oposição de direita, que resumimos em dez frases.

  • “Este é só o primeiro Orçamento desta legislatura, mas é também o primeiro em muitos anos que cumpre a Constituição e que cumpre o compromisso de não cortar salários e pensões e de não aumentar os impostos que o Governo se comprometeu a não aumentar”. António Costa, primeiro-ministro
  • “Este Orçamento é um mau Orçamento do Estado, é mau do ponto de vista técnico, é mau do ponto de vista político e é mau do ponto de vista social”. Luís Montenegro, presidente da bancada parlamentar do PSD
  • “O momento mais triste a que eu assisti não foi o momento em que eles, por baixo da mesa, estavam a fazer figas para que a Comissão Europeia não aprovasse o Orçamento. Nem os momentos em que acendem uma velinha para que a agência de rating diga que este Orçamento não pode existir. O momento mais triste foi ver o líder do PSD no Parlamento Europeu levantar a sua voz, não para defender Portugal, não para defender as empresas portuguesas, não para defender os portugueses, mas para defender que a Comissão Europeia chumbasse o orçamento de Portugal”. António Costa, primeiro-ministro
  • “Enquanto todos nos lembrarmos de Paulo Rangel e do seu comportamento no Parlamento Europeu. Bem podem pôr as bandeiras à lapela, que nunca mais ninguém vos respeitará”. António Costa, primeiro-ministro
  • “É caso para dizer que ele [o Orçamento] beneficia quem não tem carro, quem não tem conta no banco, quem não faz contratos, quem não usa o multibanco, quem não tem filhos e já agora tem uma horta perto de casa porque não vai comprar produtos ao supermercado! O senhor acredita que havendo aumento dos combustíveis esse aumento não se vai reflectir no valor dos produtos? Acha que as famílias lá em casa acreditam mesmo nisso?” Nuno Magalhães, líder parlamentar do CDS/PP

  • “Este não é o nosso Orçamento. Este Orçamento do Estado fica aquém do necessário e até do possível, mas é suficiente para causar embaraço e desespero [à direita] uma vez que contém sinais de reversão das políticas de exploração e empobrecimento pelo grande capital”. Jerónimo Sousa, secretário-geral do PCP
  • "[O PSD] não consegue libertar-se do passado. O passismo é o passadismo". António Costa, primeiro-ministro
  • “Este Orçamento redistribui a austeridade em vez de a ir removendo gradualmente”. Teresa Leal Coelho, deputada do PSD
  • "Mesmo depois do lápis azul de Bruxelas, esta proposta respeita os compromissos do governo com os partidos. Aquilo que une esta maioria não é uma vontade circunstancial de poder, mas uma estratégia para devolver o que foi roubado ao país". Mariana Mortágua, deputada do Bloco de Esquerda
  • “Senhores deputados, peço que não partam a mobília”. Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República

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  • Jose Mautempo
    23 fev, 2016 Entroncamento 14:50
    A melhor intervenção foi a do Senhor Presidente da Assembleia:" - Senhores deputados... não partam a mobília!"
  • VICTOR MARQUES
    23 fev, 2016 Matosinhos 12:15
    Saiu a TROIKA mas o COSTOFOSKY mais o COMITEFSKY já baralham tudo!...
  • Alex
    23 fev, 2016 Lisboa 07:50
    Sr. Kosta. Tenha vergonha nessa cara de pau, porque o você e a sua escumalha de esquerda estão a fazer é enriquecer os amigalhços à conta do povo. O seu orçamento teve que ser martelado 'n' vezes para poder ter alguma credibilidade junto dos organismos supervisores... o seu orçamento está tão bom, que já preparam o 'Plano B' para sacar mais ao povo, através de novos impostos. Seja realmente socialista, e corte as benesses, subvenções, e roubalheira que tem sido praticado ao longo destes 40 anos de democracia. Deixe de ser um burgesso e acusar os outros das suas burrices!
  • António
    23 fev, 2016 lisboa 04:09
    Conversa típica da esquerdalha fanatica... lápis azul... estes julgam que estão no tempo do salazar! Que mentalidade retrógrada!!!
  • José Henriques
    23 fev, 2016 Lisboa 02:05
    Mas onde é que Costa viu quem quer que seja a fazer figas ou a acender velinhas para que as coisas corram mal? O povo costuma dizer que "quem mau é, assim cuida". Estes cenários efabulados normalmente são referidos por quem já os imaginou ou desejou que acontecessem. Diga lá, Sr Costa: foi na altura em que tivemos uma saída limpa (que disse que nunca iria haver e que o que se seguiria seria um 2.º resgate?) Foi na altura em que se cumpriu o défice (q disse que nunca se cumpriria)? Foi na altura em que o desemprego começou a baixar para níveis de 2011 (que disse que iria sempre em crescendo até aos 22%)? Foi na altura em que os juros começaram a baixar porque o país começou a ganhar credibilidade? Foi na altura em que o crescimento económico registou a maior subida desde 2009? Diga lá, Sr Costa, quando foi que começou a fazer essas efabulações, agora atribuídas a terceiros? Igualzinho aos manuais, pouco imaginativo na crítica, a autoria do pensamento fica logo desmascarada. Não vá por aí que lhe fica mal.
  • João Rainha
    23 fev, 2016 V. N Sto Andre 00:40
    Orçamentos são sempre maus, pelo ponto de vista que se encaram, há sempre alguém que acha que não está bom. Todos os partidos defendem a sua dama, mas esquecido é sempre o interesse do país, pois os partidos têm as suas "quintas", "searas", o melhor orçamento por exclusão de partes, será aquele que acautele "melhor" o futuro, umas "arreatas" ao capitalismo selvagem são benvindas, mas outras ao comunismo galopante também. A perfeição de uma democracia, alcança-se, faz-se com cedências e com a carga fiscal que temos, nem patrões e empregados estão bem. Agora explique-me como se eu fosse mesmo burro, o porquê dos bancos não poderem falir, mas empresas são jogadas fora, muitas vezes por causas expurias, como falta de confiança, por não terem garantias suficientes. O sistema financeira não tem nenhuma moral, não é honesto, falseia tudo e todos, por isso todas as empresas terão que ser iguais, os animais portam-se melhor, e o que eu vejo é um mundo selvagem, sem acautelar o interesse soberano das pessoas.
  • Isabel
    23 fev, 2016 Lisboa 00:12
    Alguém me explica o motivo pelo qual os membros do anterior governo continuam de bandeirinha na lapela? Os quadros dos diferentes ministérios quando se deslocam regularmente a Bruxelas usam um badgeao pescoço com a fotografia, identificação. pessoal e a do grupo a cuja reunião vão assistir. Pensei sempre que essas benditas bandeirinhas se destinavam a identificar os membros do governo presentes nas reuniões do Conselho. A ser assim, terminado o mandato, terminava a bandeirinha. Será que andei enganada 4 anos e, afinal, as bandeirinhas foram feitas na Loja das Bandeiras e distribuídas ao então governo pela Presidência do Conselho de Ministros? E os senhores não as tiram por amor à Pátria ou saudades dos cargos ocupados?
  • manuel
    23 fev, 2016 cabeceiras 00:04
    ò sr primeiro ministro não seja tão arrogante e vaidoso ainda não há certezas de nada, dou o beneficio da duvida e se tudo correr bem então sim. Agora votar foguetes antes da festa é arriscado.
  • Eu
    23 fev, 2016 »? 00:03
    A TROIKA no seu esplendor. Kostov, Centelho e da Silva
  • maria
    22 fev, 2016 Barcelos 23:50
    sim graças a Deus António Costa , Deus te dê saúde e força para explicar aos Estrangeiros que somos Portugueses e boa gente já chega de cinismo. pelo comportamento de hoje , devem estar á espera do próximo Presidente da República para fazer parar o orçamento, são uns imbecis . deus salve Portugal.

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