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Presidente do Eurogrupo. Existem "preocupações graves" com Portugal

18 fev, 2016 - 10:45

Jeroen Dijsselbloem reporta-se às previsões de Inverno sobre Portugal, que tiveram por base o esboço de Orçamento do Estado para 2016 apresentado a 22 de Janeiro.

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O presidente do Eurogrupo afirmou existirem "preocupações graves" com Portugal, ao recordar a última previsão económica de Inverno e o facto de o país necessitar do acesso aos mercados.

Em audiência no Parlamento Europeu, em Bruxelas, Jeroen Dijsselbloem, afirmou que "existem preocupações graves", reportando-se às previsões de Inverno sobre Portugal, que tiveram por base o esboço de Orçamento do Estado para 2016 (OE2016) apresentado a 22 de Janeiro, antes das alterações e da aprovação da Comissão Europeia.

"Se olharmos para a última previsão de inverno, também para Portugal, existe uma razão para essa preocupação e como sabem Portugal saiu do programa (de resgate) sem quaisquer garantias em termos de linhas de crédito", disse Dijsselbloem, para referir ser "crucial" que o país "se mantenha independente do ponto de vista financeiro e isso exige que tenha acesso aos mercados".

"O Governo está consciente da situação, manifestou o seu empenho forte e sincero para cumprir o pacto", afirmou.

O responsável do Eurogrupo respondia a uma intervenção de Markus Ferber, do PPE, que lembrou "preocupações" pela proposta do OE 2016 "não só ter sido apresentada demasiado tarde", mas também por incluir um "conjunto de compromissos eleitorais que tinham que ser implementados".

Recorda alertas de Bruxelas

Além da Comissão Europeia, "também houve preocupações no Eurogrupo", disse o eurodeputado, acrescentando a pergunta sobre o que o conjunto de países da Zona Euro vai fazer para garantir que Portugal cumpre a "definição, aprovação e execução do OE", uma vez que o país "não deverá cair de novo numa situação problemática".

Acerca da entrega do documento orçamental, Dijsselbloem admitiu ter "obviamente chegado tarde, por razões que são compreensíveis", numa referência ao processo de formação do novo executivo, na sequência das legislativas de Outubro.

O responsável recordou ainda o processo de "discussões intensas" entre Lisboa e a Comissão Europeia devido ao "hiato demasiado grande sobre onde estava o Orçamento e onde deveria estar o Orçamento".

"A Comissão fez bem, manifestou as suas preocupações e disse às autoridades portuguesas que deviam fazer mais para estarem de acordo com o Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) e também, o que é talvez ainda mais preocupante, que Portugal se mantinha o acesso aos mercados", referiu.

Dijsselbloem recordou que o assunto português, e de outros países em risco de não cumprirem o PEC, será reanalisado na Primavera, aquando das novas previsões económicas.

Comentários
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  • Éistoaímeu
    18 fev, 2016 antieuropa 14:47
    Isto não tem direita nem esquerda. Todos não passam de marionetes ao serviço dos interesses da europa, da alemanha e do rodinhas. O coelho foi um desastre, este agora também está para beneficiar mais os que têm mais: 60 cêntimos aos que recebem menor valor, e mais para os que recebem a partir de 1500 euros. Ah e as reformas vitalícias concerteza que também vai do agrado dele. Ou seja, a merda é a mesma o que muda é só as moscas....
  • Eborense
    18 fev, 2016 Évora 13:45
    Não há problema! O Toi Costa, a Catrina e o tio Jerónimo resolvem o problema.
  • Paulo
    18 fev, 2016 vfxira 13:34
    Estas criaturas pagas a peso de ouro e com todas as mordomias.nada comtribuem para o bem estar dos povos,para o desenvolvimento dos países,nada fazem para ajuadar a crise de migrantes,não se preocupam e nada fazem para combater a corrupção etc.....preocupem-se com o banco alemão,e com a desunião europeia.
  • Paulo
    18 fev, 2016 Lisboa 13:26
    Existem varios paises em risco de não cumprirem porque é muito dificil cumprir uma coisa impossivel de cumprir e por isso ninguém cumpre, ficamos agora à espera da primavera europeia.
  • pois, pois!!!!
    18 fev, 2016 dequalquerlado 13:23
    Pois o mal está aqui, portugal ser um país dominado, subjugado, dependente, sem produção para competir...porque esta europa foi feita para isto, para só servir os interesses de alguns (alemanha e quejandos) Assim desta forma portugal nunca sairá do fundo. Onde está a igualdade nesta europa, se até a nível salarial somos os primeiros de baixo? Aderimos a uma moeda que não vale nada, para o nível de vida subir tanto para regredimos aos anos noventa a ganhar metade do salário. Não cria riqueza??? Porque esta europa não deixa, porque assim uns vão enchendo mais à custa dos que não criam....Esta europa não serve os interesses do povo, pois este cada vez mais vive sem dignidade: com trabalhos precários, com a emigração a aumentar cada vez mais. Um País sem dignidade. Ouvir esta gente??? Será que as pessoas não têm o direito a ficar cansadas, depois de tantos sacrifícios, tanta miséria, e vir estes sanguessugas pedir ainda mais. Pois, não gostam de ouvir esta gente, porque eles estão se a cag---para o modo como os portugueses vivem, com ou sem dignidade. Eis a questão---
  • Jorge
    18 fev, 2016 Conchinchina 13:06
    Estou a rezar para vocês pegarem um calote dos grandes. Ninguém de bom senso empresta a quem não é bom pagador, mesmo que cobre altos juros pelo risco que corre .
  • Domingos
    18 fev, 2016 Ancora 12:00
    Não gostam de ouvir esta gente? Preferem a miséria? Como vive o Estado sem financiamento e riqueza que não cria?
  • Cansado
    18 fev, 2016 Outro planeta 11:46
    Este tío es un tocahuevos. Siempre con los malos rollos ¿Qué quiere de Portugal ahora? Todavía más. Quiero decir, que los pobres seamos cada vez más pobres para que los ricos sean cada vez más ricos a costa de los pobres y los poderosos cada vez más poderosos, haciendo más ricos a los ricos a costa de los pobres. Sólo nos queda la dignidad y con eso no te fían en el supermercado ni paga la hipoteca
  • Fod--se
    18 fev, 2016 ondeéqistovaiparar??? 11:22
    Já dá nojo ouvir esta gente!

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