17 fev, 2016 - 14:25
As expectativas para encontrar a criança de quatro anos desaparecida desde segunda-feira à noite após ter caído ao rio Tejo, junto à praia de Caxias, em Oeiras, são cada vez menores, segundo o comandante da Capitania de Lisboa.
"Continuamos com os mesmos meios e alargámos mais o perímetro de buscas, por isso as probabilidades de encontrar a criança vão sendo cada vez menores, as expectativas também", disse à Lusa o comandante Malaquias Domingues, ao início da tarde desta quarta-feira.
Ao terceiro dia de buscas, Malaquias Domingues admite que as operações deverão durar esta quarta e ainda quinta-feira, prevendo que a partir daí se suspendam as operações. "Vamos estar todo o dia e amanhã ainda deveremos continuar as buscas, mas depois é provável que se dê por terminada a operação", avançou.
As buscas para encontrar a criança foram retomadas às 7h30, com três embarcações em buscas na Foz do Tejo, duas equipas de mergulhadores e agentes da Polícia Marítima em terra.
Uma criança de 19 meses morreu e outra de quatro anos está desaparecida desde segunda-feira à noite. O alerta foi dado por uma testemunha que viu uma mulher sair da água na praia de Caxias, em pânico, em avançado estado de hipotermia e a afirmar que as suas duas filhas estavam dentro de água.
A criança de 19 meses foi resgatada e alvo de tentativa de reanimação, mas sem sucesso.
A mãe das crianças, de 37 anos, foi transferida para o Hospital Santa Maria, em Lisboa, e foi esta esta quarta-feira detida pela PJ, suspeita de duplo homicídio.
O gabinete de imprensa da Procuradoria-Geral da República disse à Renascença que o pai das crianças está indiciado por violência doméstica e suspeita de abusos sobre as meninas.