13 fev, 2016 - 23:08
O ministro dos Negócios Estrangeiros diz que deve ser um erro de interpretação. É assim que Augusto Santos Silva classifica a rejeição de Pedro Passos Coelho ao desafio lançado por António Costa para alcançar acordos políticos em determinadas matérias.
O chefe da diplomacia só encontra uma explicação para a posição do ex-primeiro-ministro.
“Tenho alguma dificuldade em compreender essa posição. Julgo que pode ter havido um erro de interpretação até porque há várias áreas das políticas do Estado em que não só o PSD e o PS têm posições muito próximas entre si como já houve ocasião de essas posições se exprimirem. Julgo que isso é o calor do debate político”, disse.
Santos Silva esteve este sábado em Gaia para mais uma sessão de esclarecimento sobre o Orçamento do Estado para 2016.
O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, pediu "decoro" ao Governo para que não peça aos sociais-democratas que apoiem as actuais políticas, considerando que as mesmas revertem todo o trabalho do anterior Executivo.
"Não nos venham exigir, em nome do nosso sentido de responsabilidade, que apoiemos os programas que querem reverter tudo o que fizemos e culpar-nos de todo o mal que existe no país, isso não", disse, acrescentando: "haja pelo menos esse decoro, de não pedirem o nosso apoio para combater as nossas ideias e desfazer as reformas que nós fizemos".