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NATO vai ajudar na crise dos migrantes no Mediterrâneo

11 fev, 2016 - 12:06

É uma missão humanitária e de combate ao tráfico humano. O pedido de envolvimento da Aliança Atlântica foi solicitado pela Turquia, Alemanha e Grécia.

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A NATO vai "apoiar e participar numa operação" naval no Mar Egeu no sentido de apoiar a Alemanha, a Grécia e a Turquia na crise dos migrantes. O ministro da Defesa português, Azeredo Lopes, presente no encontro em Bruxelas, revelou que a missão vai vigiar e combater o tráfico de seres humanos.

Os ministros da Defesa dos países que constituem a Aliança Atlântica reuniram-se com as respectivas autoridades militares para a avaliação das diferentes medidas de apoio à crise dos refugiados no Mediterrâneo. O pedido de envolvimento foi solicitado pela Turquia, Alemanha e Grécia.

Segundo o ministro da Defesa alemão, a missão deve começar em breve e vai combater o crime organizado, visando estancar o fluxo de pessoas.

"A NATO e todas as partes que se reuniram à mesma mesa, esta manhã, referiram-se à vontade da Aliança Atlântica apoiar e participar na operação", disse o secretário norte-americano da Defesa, Ashton Carter, após uma reunião dos ministros da Defesa reunidos esta quinta-feira no quartel-general da organização, em Bruxelas.

"Recomendamos que o Conselho Geral da NATO peça às autoridades militares no sentido de nos indicar as diferentes opções", disse ainda o secretário da Defesa dos Estados Unidos, durante a conferência de imprensa.

Ashton Carter acrescentou que todas as hipóteses vão ter de ser "revistas pelo Comité Militar antes de voltarem a ser apresentadas ao conselho".

Só durante o mês de Janeiro, cerca de 62 mil refugiados e migrantes conseguiram alcançar a Grécia, fazendo a travessia do Mar Mediterrâneo. O balanço foi avançado esta terça-feira pela Organização Internacional para as Migrações (OIM). Durante a travessia, com condições meteorológicas adversas e um mar revolto, mais de 360 pessoas perderam a vida.

Mais de um milhão de migrantes chegaram à Europa no ano passado, naquela que é a pior crise migratória, nesta região, desde a Segunda Guerra Mundial, dos quais 27% são crianças, estima a Europol.


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  • JP
    11 fev, 2016 Lisboa 12:59
    Conversa da tanga. Esta presença da NATO não tem como objetivo estancar os migrantes porque se assim fosse há muito que estavam no terreno. Eu como ex militar e por defeito vejo esta aparição NATO neste momento específico ao facto de os terroristas (todos os terroristas não há terrorismo bom e mau) estarem a perder terreno após a intervenção dos russos em apoio do governo Sírio e a coisa piorou com a vitória em Alepo. Conclusão. Prevejo um aumento da escalada da guerra e a Turquia está desejosa que a coisa piore. Agora a propaganda chegou à conclusão que os Russos estão atacar os curdos em Alepo isto é para massajar as mentes não pensantes.

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