11 fev, 2016 - 03:30
Os jovens advogados sofrem concorrência desleal a somar às outras dificuldades para se afirmarem no mercado de trabalho, alerta o presidente da Associação Nacional de Jovens Advogados Portugueses (ANJAP), José Costa Pinto, em entrevista à Renascença.
José Costa Pinto denuncia o que diz ser “um grande ataque por parte de entidades que gravitam à volta destas áreas de prestação de serviços jurídicos e que, muitas vezes à margem da lei, acabam por tirar trabalho que seria de advogados”.
“Aqui o problema não é de os advogados terem menos trabalho, o problema é de os cidadãos confiarem em pessoas que não são profissionais habilitados para prestarem esses serviços, acabam por ficar prejudicados nos seus direitos em virtude desses fenómenos de procuradoria ilícita, que devem ser combatidos e que atinge áreas mais próprias dos jovens advogados, como o imobiliário, as transacções comerciais. Muitos fenómenos de procuradoria ilícita acontecem nesses meios.”
O presidente da ANJAP elogia a investigação aberta pela Ordem dos Advogados aos serviços “low cost” que começaram a proliferar no mercado.
Os jovens advogados estão preocupados. O acesso à profissão continua a ser difícil e começa muitas vezes na falta de capacidade para montar escritório. Estão também preocupados com o aumento das contribuições para a Caixa de Previdência.
Muitos dedicam-se apenas ao apoio judiciário, os casos em que defendem pessoas com carências económicas e que são processo pagos pelo Estado.
Estas são algumas das preocupações que querem deixar junto da ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, e da bastonária da Ordem, Elina Fraga.