10 fev, 2016 - 22:47
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O primeiro-ministro, António Costa, confessa que gostava mais da versão inicial do Orçamento do Estado, mas teve que alterar o documento porque prefere que Portugal continue na zona euro.
“Se me perguntam se o resultado da negociação melhorou o Orçamento, eu não quero ser imodesto, mas digo que não. A versão inicial que nós tínhamos preparado era melhor do que a versão final”, disse António Costa, esta quarta-feira, numa conferência com militantes socialistas sobre a proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2016 na Gare Marítima de Alcântara.
O primeiro-ministro refere que, no entanto, que, “quem quer participar numa união e tem de partilhar regras comuns, tem de estar disponível para o compromisso, para ceder onde é necessário, não ceder onde não pode ceder e ganhar também aquilo que tem de ganhar”.
“Foi isso que nós fizemos. Sinto-me confortável. Gostava mais da versão inicial do Orçamento. Agora, entre ter a versão final do Orçamento e deixar de estar na zona euro, ou ter a actual versão do Orçamento e estar na zona euro, eu prefiro ter a versão actual do Orçamento e estar na zona euro”, sublinhou António Costa.
As contas de Costa. Mais 700 milhões para as famílias
O também secretário-geral do PS defende que as famílias terão mais 700 milhões de euros em rendimentos em 2016, rejeitando a tese de que o Governo dá com uma mão o que tira com a outra.
António Costa respondeu às críticas do PSD e do CDS à proposta orçamental. Contrapõe que o conjunto das medidas de aumento de rendimento das famílias ascende a 1372 milhões de euros, enquanto as medidas de subida de impostos estão avaliadas em cerca de 600 milhões de euros, o que se traduz num ganho líquido de mais de 700 milhões de euros.
O primeiro-ministro considera que, se PSD e CDS-PP tivesse continuado no Governo, os aumentos de impostos seriam superiores em cerca de 0,4 por cento.
[notícia actualizada às 23h31]