Tempo
|
A+ / A-

Vitalino Canas: Se o Orçamento falhar, as culpas serão repartidas

09 fev, 2016 - 00:50 • Raquel Abecasis

No programa "Falar Claro" da Renascença desta semana, o deputado do PS Vitalino Canas diz que este é o Orçamento possível. Já o social-democrata Nuno Morais Sarmento considera bastante óbvio que, mais uma vez, será a classe média a pagar a factura.

A+ / A-
Vitalino Canas: Se o Orçamento falhar as culpas serão repartidas
Vitalino Canas: Se o Orçamento falhar as culpas serão repartidas

O Orçamento do Estado para 2016 é o “possível” e, em caso de falhanço, as culpas não ficam só para o Governo, serão repartidas, afirma o deputado socialista Vitaliano Canas no programa “Falar Claro” da Renascença.

“Quando há duas partes ou três partes ou o que for a definir uma plataforma de acordo, se essa plataforma de acordo não funcionar todas elas terão o seu quinhão de culpa, como é óbvio. Nem vou estar a dizer que a culpa é integralmente de Bruxelas, nem é integralmente do Governo, haverá certamente aí depois aspectos a referir”, diz Vitalino Canas.

Na edição desta semana do “Falar Claro” da Renascença, o social-democrata Nuno Morais Sarmento considera bastante óbvio que, mais uma vez, quem vai pagar a factura é a classe média.

O antigo ministro da Presidência acusa o Governo, nomeadamente o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade, de estarem a classificar de classe média um nível de rendimentos que manifestamente não é.

“O Partido Socialista acha que, porque temos em Portugal - ninguém o discute - um número inaceitável de pessoas com um nível de rendimentos baixo ou baixíssimo, que classe média passa a ser isso”, argumenta o comentador social-democrata.

“Se amanhã estivermos todos na miséria”, frisa Morais Sarmento, “classe média passa a ser não sei o quê: 500 euros, 400 euros ou 300 euros”.

“Vai desqualificando o conceito de classe média para o ir aproximando da tal média de rendimentos do país. E não é essa a minha noção de classe média, nem é essa a minha noção de avanço do país. Não vou desqualificando, baixando o espaço ocupado pela classe média e dizer não classe média era quem estava entre, não sei, os 2.000 e os 3.000 e agora está entre os 500 e os 1.000 euros de rendimento, porquê? Porque o país cada vez está pior”, conclui Morais Sarmento.

A reversão do acordo da TAP foi outro dos destaques do programa "Falar Claro" da Renascença desta semana, com o social-democrata Nuno Morais Sarmento e o socialista Vitalino Canas.

Tópicos
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Eborense
    09 fev, 2016 Évora 14:42
    É óbvio que o PS está a conduzir o país para onde o PCP e o BE o querem levar, ou seja, para fora do euro. Só espero que o Prof. Marcelo os ponha a mexer antes disto acontecer, porque caso contrário será o descalabro.
  • Eborense
    09 fev, 2016 Évora 14:39
    Tenho que dar a mão à palmatória. De facto a geringonça acabou com a austeridade. Agora chama-se "restrições".
  • Chega!
    09 fev, 2016 Lisboa 11:47
    No passado, tive de António Costa uma ideia substancialmente diferente da que tenho hoje. Costa está a revelar-se uma desilusão, em todos os sentidos. Seria coisa de somenos, se a nossa recuperação enquanto País não estivesse a ser posta em crise. Infelizmente está. E será uma questão de timing escapar, ou não, a outra bancarrota. Só os obstinados defensores da geringonça não querem perceber que estamos suspensos por um cabelo, por uma única agência de rating (DBRS). Se até essa nos deixar cair no lixo, será o desastre total. Mas os aficionados da geringonça persistem em não querer ver aquilo que todos nós claramente vemos, e tememos. Só novas eleições permitirão clarificar esta imensa insanidade, dando voz ao Povo para que este diga qual o caminho que quer realmente. E se dizer isto representa, para alguns, pertencer à Quinta Coluna, pois então eu pertenço, com muita Honra, à Quinta Coluna!
  • Isaías
    09 fev, 2016 mesopotanea 11:36
    Os socialistas são peritos em destruir e a atribuir as culpas aos outros. Não foi por acaso que Jesus Cristo, a essa cabritada da esquerda , os apelidou de cabritos e de filhos das trevas. E são - no de facto.
  • Calma!
    09 fev, 2016 Lisboa 11:24
    A sentença está nas nossas mãos e será dada nas próximas eleições legislativas. É tão simples quanto isto.
  • José Soares de Pinho
    09 fev, 2016 Gafanha da Nazaré 10:36
    Qual é o cego que ainda não viu que com este orçamento, esta quadrilha que assaltou o poder para se governar, vai colocar o país a níveis de 2010? Diz este Canas que se o orçamento falhar a culpa será repartida, mas não diz o castigo que deveria ser aplicado aos culpados dessa falha, tendo em consideração dos graves problemas que vai causar a todos os cidadãos deste país, menos os membros da quadrilha.
  • Luis B.
    09 fev, 2016 Mirandela 10:27
    É inacreditável como este representante do PS, e um politico profissional (uma vez que na vida não sabe fazer mais nada) venha defender que se o orçamento falhar as responsabilidades serão repartidas, escondendo os nomes dessa repartição (Bloco e PCP) mas apontando o escape habitual - Bruxelas. Estamos a falar da mesma gente que há 2 meses atrás culpava o governo PSD+CDS da derrapagem do défice de 2,8% para 3,0%. Nessa altura a culpa não foi de Bruxelas. É inacreditável perceber que somos governados por gente sem escrúpulos, que aqui diz uma coisa e ali outra diametralmente oposta, conforme as necessidades partidárias. Para esta gente o partido está acima de tudo. E como tal o partido não erra. Costa não errou ao surripiar a vontade do povo português de ser governado em minoria pela coligação. O presidente do PS, aquela aventesma dos Açores, não errou quando afirmou já depois da tomada de posse do governo da troika de esquerda, ao dizer que o "PS tem perfeito conhecimento de todos os dossiers".Etc, etc... Tenho pena que os mesmos analistas que antes viam problemas em tudo, agora em muitas coisas vão assobiando para o ar...

Destaques V+