Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Negócio TAP. PSD chama ministro ao Parlamento com urgência

06 fev, 2016 - 12:16

Sociais-democratas considera que o novo acordo parece ter contornos "pouco transparentes" e que "levantam dúvidas".

A+ / A-

O PSD manifesta-se "muito preocupado" com os contornos da alteração do contrato da TAP, dizendo que parecem "pouco transparentes" e "levantam dúvidas", e anunciou que vai requerer com urgência a ida do ministro das Infra-estruturas ao Parlamento.

"O PSD está muito preocupado com os contornos deste negócio, que nos parece pouco transparente e, sobretudo, que nos deixa muitas dúvidas e vamos requerer com carácter de urgência a vinda do ministro Pedro Marques à comissão de Economia e Obras Públicas para explicar os contornos exactamente deste acordo e as muitas dúvidas que o mesmo suscita", afirmou à agência Lusa o vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD Luís Leite Ramos.

O Governo, ao abrigo do memorando de entendimento hoje assinado, vai pagar 1,9 milhões de euros para o Estado ficar com 50% da TAP e escolhe o presidente do conselho de administração, que passa a ter voto de qualidade.

O consórcio Gateway, que tinha comprado 61% da empresa em Novembro, passa agora a ter 50% do capital da TAP.

Luís Leite Ramos salientou que as dúvidas do PSD relativamente a este acordo se prendem, com a "posição do Estado, com o carácter e a natureza da empresa e ainda sobre os compromissos que o Estado assumiu perante os accionistas da Gateway e, por outro lado, sobre quais foram as contrapartidas que o Estado lhes proporcionou".

"Vamos querer saber tudo, vamos querer fiscalizar este acordo, os contornos do mesmo, os impactos que tem nomeadamente para os contribuintes e nesse sentido, ainda durante este fim de semana, procuraremos apresentar um requerimento ao presidente da comissão para ouvir o ministro e também os accionistas da Gateway", frisou o deputado social-democrata.

Luís Leite Ramos frisou que o "país precisa destas explicações, destas clarificações e saber quais os contornos deste acordo".

E relativamente aos compromissos financeiros, o parlamentar sublinhou não se saber "exactamente qual é o valor que esta retoma de posição do Estado na TAP tem".

"Nós sabemos que há pelo menos 1,9 milhões de euros, mas suspeitamos que os encargos e os compromissos que o Estado assumiu terão um peso muito maior no bolso dos consumidores", frisou.

Outra das dúvidas do deputado diz respeito "ao compromisso que o Estado vai reassumir no domínio da dívida, com que riscos e de que forma".

Luis Leite Ramos registou ainda que, após esta alteração do contrato, "afinal o Estado não ficou com uma posição maioritária na TAP, mas apenas com 50%", e que "o actual Governo validou não só o parceiro, mas também o plano de desenvolvimento e o preço de venda acordados anteriormente", sinal, na sua opinião, de que todas as questões que tinham sido levantadas pelo actual Governo não tinham fundamento".

Tópicos
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • André
    06 fev, 2016 Lisboa 18:59
    Estão com medo que o Neelman tenha dado com a língua nos dentes sobre os milhões que pagou em luvas? Não se preocupem. Ele não diz nada. Senão também se queimava, pois ele irá ficar com 49,5%, graças ao anterior governo ter FALSIFICADO a informação, para passar nas leis europeias. Este não pode mexer nisso e terá usado

Destaques V+