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Associação alerta para agravamento no IRS para maioria das famílias

05 fev, 2016 - 09:32

São poucos os pormenores conhecidos sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2016, mas é certo que haverá um aumento em alguns impostos.

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A Associação das Famílias Numerosas critica desde já o aumento de impostos previsto na proposta de Orçamento do Estado para 2016, entregue esta sexta-feira no Parlamento.

A secretária-geral da associação fez as contas e garante à Renascença que a maioria dos agregados familiares vai sofrer um agravamento no IRS.

“Com a alteração que vai ser introduzida, é o desaparecimento do quociente familiar, substituindo-o por uma dedução que na prática tem um valor adicional, em relação à dedução que já existe, de 225 euros. Uma família que tenha um salário médio líquido de 800 euros, por exemplo, poderá ter um aumento real de imposto de 70 euros por ano no caso de ter um filho, 130 euros com dois filhos e de 200 com três”, explica.

Ana Cid Gonçalves diz mesmo que o quociente familiar que estava em vigor é mais justo e acredita que não deve ser substituído, mas sim melhorado. “O que era necessário neste momento era aprofundar o quociente familiar, no sentido da valorização dos filhos”.

A Associação Portuguesa das Famílias Numerosas garante que substituição do quociente familiar pelas deduções anunciadas (de 550 euros por descendente e 525 euros por ascendente) vai trazer um agravamento do imposto à maioria dos agregados com filhos.

A associação considera ainda inaceitável que cada filho seja equiparado a uma despesa de saúde ou educação e que tenha um valor fiscal semelhante a um aparelho dos dentes.

A única situação em que se verifica uma melhoria na actual proposta de Orçamento é para as famílias com rendimentos até 690 euros, mas mesmo assim não chega a compensar a supressão do abono de família que estas famílias sofreram em 2010, defende a associação.

Num comunicado enviado à comunicação social, a Associação das Famílias Numerosas critica o desinvestimento nas famílias e lamenta profundamente o agravamento da carga fiscal, em contraste com “a campanha mediática que tem mascarado esta realidade”.

Comentários
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  • Manuel Pinto
    05 fev, 2016 Porto 14:06
    Isto de direita e esquerda é tudo uma treta, essa gente passa a vida a tirar a quem mais precisa.
  • JoseGomesL
    05 fev, 2016 Lisboa 11:47
    Os subsídios para terem filhos acaba por beneficiar quem não trabalha, nunca trabalhou e nunca jamais em tempo algum trabalhara´, bem como toda a sua descendência, filhos, netos, bisnetos, etc, vivendo sempre à custa do trabalhador, acabando por transformar Portugal numa 2ª Roménia. Reparem que os filhos dos trabalhadores crescem com a mentalidade que terão de trabalhar para se governarem, mas os filhos dos não trabalhadores crescem com a mentalidade, que nunca precisarão de trabalhar e recusam mesmo trabalhos que lhes ofereçam. Conheço casos. Para quando uma politica que incentive os trabalhadores a terem mais filhos e os não trabalhadores a terem menos filhos.

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