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Menores refugiados em Portugal podem ter caído nas redes da imigração ilegal

03 fev, 2016 - 15:48

Mais de 20 jovens estão em paradeiro desconhecido depois de se terem ausentado do centro de acolhimento em Portugal, no ano passado.

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O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) reconheceu a existência de menores refugiados que saíram dos centros de acolhimento nacionais de regime aberto e não regressaram, admitindo que possam estar sob alçada de redes de imigração ilegal.

De acordo com o SEF, em 2015, 27 menores deixaram o Centro de Acolhimento para a Criança Refugiada, gerido pelo Conselho Português para os Refugiados e que funciona em regime aberto, precisamente para proporcionar aos jovens refugiados uma "vivencia idêntica aos dos demais".

"Muitos dos casos estarão ligados com processos de imigração ilegal em que se usa o regime de asilo como forma de garantir a entrada no espaço europeu", reconheceu o SEF numa nota enviada à agência Lusa.

De acordo com o organismo, sempre que é verificado o desaparecimento de menores são trocadas informações com os restantes membros da União Europeia e criadas medidas cautelares contactando os postos de fronteiras.

O SEF lembrou ainda que alguns dos jovens refugiados regressam e procuram o organismo ou o Centro de Acolhimento, altura em que é retomado o processo de protecção ao jovem e averiguado o sucedido.

No entanto, este organismo reconheceu também que na "maior parte das vezes os jovens continuam em paradeiro incerto", supondo que "assumem identificações diferentes" daquelas que foram dadas de início.

A nota do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras refere ainda o caso da entrada de jovens nigerianas, que deu azo a uma investigação do SEF, onde se comprovou que o seu destino era a exploração sexual em vários países europeus.

Em Portugal tem crescido o número de crianças não acompanhadas por adultos a pedir asilo. A presidente do Conselho Português dos Refugiados fala numa “situação dramática”.

Dados Europol, agência de polícia europeia, indicam que mais de dez mil crianças desapareceram entre 18 e 24 de Dezembro passado.

Mais de milhão de migrantes e refugiados chegaram à Europa em 2015, naquela que é a pior crise migratória nesta região desde a Segunda Guerra Mundial, dos quais 27% são crianças.

Comentários
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  • Isabel
    03 fev, 2016 Lisboa 17:57
    Cá e casa o regime também era aberto, mas havia a regra de se regressar à noite para dormir. Essa coisa de perder o norte aos menores é irresponsabilidade.
  • Hugo Santos
    03 fev, 2016 Lisboa 17:43
    Pois é.... Querem ter o melhor dos 2 mundos. Vêm de países em guerra ou a fugir à miséria, Portugal acolhe-os, da-lhe cama, mesa e roupa lavada e os meninos na primeira curva, dão corda às sapatilhas e nunca mais ninguém os vê. Se saem dos locais de acolhimento é porque querem, se entram em redes manhosas é de sua livre vontade. Vamos longe, vamos, qualquer dia temo-loa sa assaltar bancos ou em celulas terroristas e depois ficamos a pensar como é possível. Nunca mais aprendemos. E não são poucos. Gostava de saber que percentagem é que estes 27 são no contexto dos refugiados do ano passado.
  • Diogo Baco
    03 fev, 2016 Centro 17:13
    A indiferença em relação ao outro paga-se muito caro, agora esperem que se manifeste algo ruim, cá se fazem cá se pagam.
  • desatina carreira
    03 fev, 2016 queluz 17:10
    Procurem se não foram juntar=se o estado islâmico e uma pista aliás bastante forte
  • joao barros
    03 fev, 2016 Sangalhos 17:01
    Como é possivel? Ninguém assume responsabilidade pela educação destes jovens? Desaparecem e ninguem é responsabilizado? ... e se estes jovens forem celulas de um grupo terrorista? tem liberdade para andar e fazerem o que querem ? nenhum jovem deve ser deixado em roda livre,... o mais certo é ser vitima ou agente de deliquencia

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