28 jan, 2016 - 12:37
A NATO está a analisar um pedido dos Estados Unidos para o envolvimento de aviões-radar da Aliança na coligação que combate o autodenominado Estado Islâmico na Síria e no Iraque.
"Posso confirmar que recebemos um pedido dos Estados Unidos para dar apoio aos esforços da coligação e ajudá-los com aviões de vigilância AWACS da NATO", disse o secretário-geral, Jens Stoltenberg, na apresentação do relatório anual da Aliança Atlântica.
"Estamos a avaliar esse pedido, é uma decisão que será tomada pelos 28 aliados", acrescentou.
Referindo que "os 28 aliados já fazem parte da coligação que combate o Estado Islâmico", Stoltenberg precisou que "o que está a ser discutido é como a NATO, enquanto Aliança, pode proporcionar ajuda à coligação".
"Temos essa capacidade" e a NATO já tem AWACS destacados na Turquia, acrescentou.
Stoltenberg escusou-se a dar uma data para uma decisão, mas referiu que os ministros da Defesa dos aliados vão discutir a questão na próxima reunião, prevista para 10 e 11 de Fevereiro em Bruxelas.
A Aliança Atlântica tem uma frota de duas dezenas de aviões de vigilância AWACS, sigla inglesa para sistema aéreo de alerta e controlo, equipados com radares e sensores de longo alcance.
O pedido surge na mesma semana que a agência de polícia europeia,
Europol, revelou que o grupo extremista desenvolveu a capacidade de
lançar
ataques globais e está especialmente centrado na Europa e em particular
em França.
O Estado Islâmico reivindicou os atentados de 13 de Novembro em Paris, que fizeram 130 mortos, divulgando no passado domingo um vídeo em que aparecem os alegados nove autores dos ataques e em que ameaça os "países da coligação" que combate as forças do grupo no Iraque e na Síria desde Setembro de 2014.