Tempo
|
A+ / A-

Morreu o pioneiro da inteligência artificial

27 jan, 2016 - 01:07

Marvin Minsky acreditava que o homem desenvolveria, um dia, máquinas que competiriam com a sua inteligência e via o cérebro como uma máquina cujo funcionamento pode ser estudado e reproduzido num computador.

A+ / A-

Marvin Minsky, precursor da inteligência artificial, morreu no domingo, num hospital de Boston, após uma hemorragia cerebral, anunciou esta terça-feira o Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT), onde era professor emérito. O matemático e cientista computacional tinha 88 anos.

Natural de Nova Iorque, onde nasceu a 9 de Agosto de 1927, o cientista recebeu diversos prémios internacionais pelo seu trabalho pioneiro no campo da inteligência artificial, incluindo, em 1969, o Prémio Turing, o maior galardão em ciência informática.

O MIT descreve Marvin Minsky como o perito "mais importante na teoria da inteligência artificial".

Marvin Minsky foi integrado no Departamento de Ciência Informática e Engenharia Eléctrica do MIT, em 1958, e, um ano depois, foi co-fundador do Laboratório de Inteligência Artificial.

Em 1985, passou a ser membro fundador do Laboratório Media do MIT, onde foi professor e mentor, até pouco antes da sua morte.

O cientista explorou a forma de dotar as máquinas, de percepção e inteligência semelhantes à humana, criou mãos robóticas com capacidade para manipular objectos, desenvolveu novos marcos de programação e escreveu sobre assuntos filosóficos relacionados com a inteligência artificial.

Minsky estava convencido de que o homem, um dia, desenvolveria máquinas que competiriam com a sua inteligência e via o cérebro como uma máquina cujo funcionamento pode ser estudado e reproduzido num computador, o que poderia ajudar a compreender melhor o cérebro humano e as funções mentais superiores.

O matemático publicou o seu último livro em 2006, com o título "The emotion machine: commonsense thinking, artificial intelligence and the future of the human mind" ("A máquina das emoções: pensamento de senso comum, inteligência artificial e o futuro da mente humana", em tradução livre).

Minsky doutorou-se em 1954, em matemática, na Universidade de Princeton, onde construiu a sua primeira rede de simulação neuronal.

O cientista computacional era também reconhecido pelo seu talento como pianista, tendo publicado, em 1981, um artigo em que realçou as ligações entre a música, a psicologia e a mente.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Joao
    27 jan, 2016 Corroios 20:02
    Ele dizia que IA "É a ciência de fazer com que as maquinas façam coisas com inteligência, como se fossem feitas por um humano." El Pais " Es la ciencia de hacer que las máquinas hagan cosas que requerirían inteligencia si las hubiera hecho un humano"

Destaques V+