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Sambódromo do Rio de Janeiro pulverizado por causa do vírus Zika

26 jan, 2016 - 17:50

Em ano de Jogos Olímpicos, autoridades brasileiras declararam guerra ao mosquito que transmite o Zika, doença que pode causar malformações em bebés.

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Os serviços sanitários do Rio de Janeiro pulverizaram, esta terça-feira, com insecticida o Sambódromo, local onde dentro de 15 dias, começam os desfiles de Carnaval e se realizará a prova olímpica de tiro ao arco, em Agosto.

A medida visa eliminar os focos do mosquito "Aedes Aegypti", que transmite os vírus do Dengue, Zika e Chikungunya, associados a casos de microcefalia em bebés e cujo número de afectados aumentou significativamente no Brasil, sobretudo na região nordeste.

Dezena e meia de agentes sanitários pulverizaram os 900 metros da pista do Sambódromo e respectivas tribunas, que receberão cerca de 70 mil espectadores por noite nos desfiles das diferentes escolas de samba, programados para 7 e 8 de Fevereiro.

"A preocupação é grande em todo o Rio de Janeiro, dado que é uma cidade de grandes ocasiões e que recebe grandes eventos. Durante o Carnaval, haverá uma concentração muito maior de turistas de todo o mundo, o que facilitará a disseminação do vírus", disse Marcos Vinicius Ferreira, porta-voz do secretariado de Saúde carioca.

"Dados os Jogos Olímpicos (em Agosto), há trabalhos por toda a cidade e torna-se muito complicado chegar a todos os lados. Mas a principal prioridade é eliminar os focos de disseminação" do mosquito, acrescentou.

Um mês antes do início dos Jogos Olímpicos, todas as instalações para as diferentes provas e competições serão submetidas a novos controlos sanitários, de forma a eliminar uma eventual concentração dos insectos.

Segunda-feira, em Brasília, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, anunciou que a luta contra o mosquito transmissor será apoiada por cerca de 200 mil militares, que irão, casa a casa, distribuir "kits" de prevenção e conselhos à população.

No entanto, no Rio de Janeiro, os militares parecem não ser bem-vindos, refere a agência France Presse.

"Não os queremos aqui. Não precisamos deles aqui. Já trabalhamos directamente com 3.300 agentes sanitários municipais e 7.000 outros comunitários nas favelas. Temos os meios para fazer face ao mosquito", declarou Marco Vinicius Ferreira.

Segundo dados oficiais do Estado do Rio de Janeiro, em 2016 já foram efectuadas 705.995 inspecções na cidade, tendo sido detectados 121.624 focos de larvas e 46.224 eliminados.

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