24 jan, 2016 - 22:41 • Ricardo Vieira
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No discurso de vitória nas eleições presidenciais Marcelo Rebelo de Sousa enumerou “alguns propósitos essenciais” que deseja “serem as marcas” da sua presidência.
Em primeiro lugar, “fomentar a unidade nacional”. “Enquanto Presidente tudo farei para unir o que as conjunturas dividem, cicatrizar feridas. Quanto mais coesos formos mais fortes seremos no combate às injustiças”, disse.
A segunda marca da Presidência de Marcelo será o reforço da coesão social. “Serei politicamente imparcial, mas não deixarei de ser em termos sociais empenhado e actuante, olhando para os mais pobres e desfavorecidos, que vivem nas periferias da sociedade, como diz o Papa Francisco. Não há verdadeira unidade nacional sem verdadeira coesão social”.
“Temos de conciliar justiça social com crescimento económico e estabilidade financeira. Estamos num tempo que não é fácil no mundo, na Europa, em Portugal. É tempo de incerteza e desafios, mas, porventura, de oportunidade. É preciso agir com prudência para reduzir riscos e não frustrar as legítimas expectativas. Temos de ser capazes de crescer de forma sustentada, criar emprego, mas sem comprometer o rigor financeiro pelo qual tantos portugueses se sacrificaram”, disse.
“No tempo que ai vem a opção é clara: ou crescemos economicamente de forma sustentada, criando justiça social, combatendo a pobreza, a exclusão e a desigualdade, ou só contribuiremos para agravar tensões sociais e radicalismos políticos”, alertou.
Em terceiro lugar, o Presidente eleito pretende “promover as convergências políticas”. É preciso “refundar todos os dias a cultura do compromisso ao serviço do interesse nacional”.
Por isso, a quarta marca do seu mandato será “incentivar o frutuoso relacionamento entre órgãos de soberania e agentes políticos, económicos e sociais”. “O Presidente é o primeiro a querer que o Governo governe com eficácia e sucesso porque isso é importante para sucesso de Portugal”.