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OE 2016

Governo vai repor complementos de reforma dos trabalhadores das empresas públicas

20 jan, 2016 - 22:35

Medida vai ser inscrita no Orçamento do Estado para este ano, que vai ser entregue em Bruxelas no final da semana.

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O Governo vai repor os complementos de reforma dos trabalhadores das empresas públicas, anunciou esta quarta-feira o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares.

Pedro Nuno Santos, que falava na Assembleia da República, disse que não são os partidos da maioria de esquerda que ganham uma batalha, mas sim os trabalhadores atingidos pelos cortes.

“Não se trata de saber quem ganha nestas bancadas esta corrida, trata-se sim de repor direitos. Não é nenhuma das bancadas que constituem a maioria deste Parlamento que ganharão nenhuma corrida, serão mesmo os trabalhadores que verão repostos os seus direitos”, afirmou o governante.

Pedro Nuno Santos garante que o PS não está a fazer qualquer cedência ao PCP ou ao Bloco de Esquerda, mas apenas a cumprir o seu programa eleitoral.

Antes, a deputada do PSD, Joana Lopes, acusou o Governo de ceder às exigências do Bloco de Esquerda e do PCP, e com isso fazer regressar a troika ao nosso país.

“Há nesta Assembleia partidos obcecados com a austeridade. São os da esquerda, que estão numa corrida desenfreada para perceber qual é o primeiro a conseguir trazê-la de volta”, declarou Joana Lopes.

Os suplementos de reforma foram suspensos durante a intervenção da troika, mas o PS tinha prometido, na campanha eleitoral de Outubro, repor os complementos, e vai fazê-lo já no Orçamento do Estado para este ano, que deve ser conhecido no início do próximo mês.

O Governo anterior suspendeu, no início 2014, o complemento a quem aceitou ir para a reforma antecipada ao abrigo de um acordo de empresa datado de 1971. A medida correspondeu a cortes entre os 40% e os 60% nas reformas dos funcionários.

Comentários
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  • Miguel Lopes
    21 jan, 2016 Cacém 18:02
    Espero que corra tudo bem. Como indica na notícia, os reformados tinham este complemento de reforma porque foi um acordo que a empresa fez com eles, ponto final. E por sua vez ficaram a receber menos de Seg Social do que se não tivesse havido esse complemento. Ora com o corte cego que o Passos fez, todos estes ex trabalhadores ficaram a receber menos do que o correspondente ao calculo com base nos anos de contibuições. Esta a fazer-se justiça. Se fosse para retirarem o complemento então o mínimo que podiam fazer era o calculo correto do valor atribuído pela Seg Social.
  • Ricky
    21 jan, 2016 Lisboa 08:14
    Provavelmente a mais injusta de todas as medidas do anterior governo acabou! Não esquecer a barbara decisão do tc relativamente a estes cortes, a pior e mais injusta decisão de sempre deste órgão! Para os ingénuos que comentam contra esta medida do actual governo, trata-se de pessoas com mais de 70 anos que de um dia para o outro ficaram sem 60% do valor das suas reformas e sem seguro de saúde. O Estado tinha assim rasgado unilateralmente um contrato feito por sua própria iniciativa para com estes ex-trabalhadores, a maioria com mais de 40 anos de descontos aos quais acresceram a devida percentagem para ter direito ao complemento. É muito triste ver que pessoas continuam a comentar esta situação sem o mínimo conhecimento de causa, indo na onde dos mentirosos que invadem as televisões diariamente vomitando mentiras relativamente a estes ex-trabalhadores, onde se destaca Marques Mendes do PSD, cujas mentiras que declarou publicamente são absurdas! Ninguém sofreu mais nestes últimos 4 anos a austeridade do que estes ex-trabalhadores, pois os anos em que lhes tiraram o devido complemento não lhes serão devolvidos. É o resto dos trabalhadores, sejam do público ou do privado, não percebem que esta situação foi uma porta que o anterior governo abriu para que pudesse decidir se os futuros trabalhadores e reformados pudessem ficar sem qualquer rendimento apenas "porque sim", independentemente das suas funções ou anos de descontos!
  • Eborense
    20 jan, 2016 Évora 23:57
    Que espetáculo! Ainda dizem que não há dinheiro. Sr. Costa, faça o favor de repor também os 12 euros para o corte de cabelo dos motoristas do metro, porque eu andei de metro em Lisboa há pouco tempo e verifiquei que os motoristas andam todos cabeludos.
  • Abraão
    20 jan, 2016 mesopotanea 23:40
    Quem acredita nestes tipos é ingénuo. Ele não vai repor nada. Se repuser, entra pela gaveta de cima e sai pela debaixo. Boa noite.

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