20 jan, 2016 - 07:02
Um grupo armado entrou, esta quarta-feira de manhã, nas instalações de um campus universitário no noroeste do Paquistão e, depois de algumas explosões, abriu fogo sobre estudantes e professores.
“A maioria dos alunos e dos docentes estava nas salas de aula quando o tiroteio começou”, afirma um professor de Inglês, citado pela agência Reuters. “Não tenho ideia do que se está a passar, mas ouvi um segurança a falar ao telefone e deve haver mortos e muita gente ferida”, adianta.
O número de vítimas não está ainda fechado, mas o primeiro balanço aponta para 21 mortos. Mais de três mil alunos estariam no interior da Universidade Bacha Khan, em Charsadda, quando começou o ataque, mas a polícia diz que a maioria conseguiu escapar.
Quatro atacantes foram abatidos pelas autoridades, que conseguiram também cercar os restantes elementos em dois blocos do recinto. A operação policial foi dada como terminada há pouco, cerca de duas horas depois do atentado, reivindicado pelo Grupo Talibã do Paquistão.
O primeiro-ministro paquistanês emitiu, entretanto, um comunicado no qual afirma que o país está “decidido e determinado a acabar com a ameaça do terrorismo no seu território”.
O Paquistão tem, ao longo dos anos, sido palco de vários episódios de violência. Depois do massacre numa escola, em Dezembro de 2014 e também levado a cabo por talibãs, a polícia prendeu e matou centenas de militantes radicais.