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Obama sobre o estado da União. “Políticos a insultar muçulmanos não dá mais segurança"

13 jan, 2016 - 07:05

De olhos postos no futuro, o Presidente dos EUA falou da boa saúde económica do país e tentou apaziguar aqueles que vêem no combate ao Estado Islâmico a terceira guerra mundial. Pediu ainda o levantamento do embargo a Cuba.

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Obama (optimista) no último discurso sobre o Estado da União
Obama (optimista) no último discurso sobre o Estado da União

Barack Obama proferiu, na madrugada desta quarta-feira, a seu último discurso sobre o estado da União. O Presidente dos Estados Unidos garantiu que o terrorismo "não ameaça a existência nacional" e apelou ao Congresso que aprove legislação específica para a campanha de combate ao terror.

Sobre a intolerância com o mundo islâmico, Barack Obama citou as palavras do Papa Francisco para criticar os políticos que insultam os muçulmanos.

“Sua Santidade, o Papa Francisco, disse aqui, neste preciso lugar onde estou, que imitar o ódio e a violência de tiranos e assassinos é a melhor forma de lhes tomar o lugar. Quando os políticos insultam muçulmanos, quer no estrangeiro, quer cidadãos americanos; quando uma mesquita é vandalizada, ou um rapaz é insultado. Isso não nos dá mais segurança. É tão, somente, errado”, defendeu.

Recorde-se que, no final do ano passado, o pré-candidato presidencial republicano Donald Trump proferiu palavras pouco amistosas contra o povo muçulmano, defendendo mesmo a proibição de entrada dessas pessoas no país.

Ainda no discurso de Obama, referência a uma das marcas do mandato: o reatar de relações diplomáticas com Cuba. “Se quiserem consolidar a nossa liderança e credibilidade, reconheçam que a guerra fria acabou. Levantem o embargo!”, pediu ao Congresso.

Barack Obama garantiu também que vai continuar a trabalhar no objectivo de fechar a prisão de Guantanamo, tendo por base a liderança norte-americana no mundo.

“Esse tipo de liderança depende do poder do nosso exemplo. É por isso que vou continuar a trabalhar para fechar Guantanamo. É caro, desnecessário e serve apenas como brochura de recrutamento para os nossos inimigos. Há um caminho melhor”, defendeu.

No campo económico, e de olhos postos no futuro, o inquilino da Casa Branca anunciou um virar de página e reclamou o legado da economia “mais forte e sustentável do mundo”.

“Atravessamos a melhor fase de criação de emprego privado da história. A taxa de desemprego caiu para metade. Foi o melhor ano da indústria automóvel. Tudo com uma descida de quase três quartos no défice. Quem disser que a economia americana está em declínio vende ficção”, destacou.

No campo da saúde, o Presidente norte-americano prometeu um reforço nos apoios para o combate ao cancro, com o objectivo de fazer dos Estados Unidos o país que acaba com a doença.

Comentários
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  • António Costa
    14 jan, 2016 Cacém 15:01
    Os muçulmanos vão para os outros países dos "outros" onde praticam livremente o seu culto. Onde é que existe a perseguição? Se por exemplo num país muçulmano, o Paquistão, se 6 cristãos provenientes de um bairro cristão, fossem matar à metralhadora, centenas de muçulmanos no meio da rua. O que aconteceria? O "dito bairro cristão" era "riscado do mapa"! E nós é que os "ofendemos"? É preciso ter muita lata! Os muçulmanos tem uma muito reduzida minoria que protesta contra a "violência da sharia", e que como Raif Badawi são presos e chicoteados. Os países muçulmanos, são governados por ditaduras ou por "democracias à Putin". A esmagadora maioria dos muçulmanos "olha para o lado" e "acha normal" que apenas uma minoria governe.
  • Júlio
    13 jan, 2016 Reboleira 14:42
    Bem quem fez o comentário do OhObama não está a compreender bem a situação nem o que o Obama veio dizer. Primeiro os refugiados não estão a fugir para a América, logo invalida a lógica do trampas. Depois temos que ver que apenas uma parte pequena do Islão cultiva essa ideologia odiosa, xenófoba e depreciativa do sexo feminino, como tal não se pode fazer guerra aberta contra todos os muçulmanos por causa de uns poucos revoltados(culpa dos states by the way). Seria só escalar o problema porque resolvê-lo não iria de certeza.
  • ohobama!
    13 jan, 2016 vaidormir 11:20
    Então o que fazer??? Dar-lhes elogios por aquilo que eles fazem?! Será que os terroristas ou aqueles que querem impor os seus costumes, passando por cima de tudo e de todos, mesmo nos países que os acolhem, ainda possam merecer respeito? Será que esta gente é capaz de ouvir e respeitar as outras ideologias diferentes??? Mas afinal quem é que insulta??? Quem é que atirou os aviões às torres??? Quem é que anda com metralhadoras a matar indiscriminadamente pessoas? Quem é que usa as bombas para matar o maior numero de pessoas, seja lá onde for??? Quem é que faz a lavagem cerebral para os burros, cabeçudos e os frustrados passarem-se para o outro lado da escumalha assassina? Quem é que usa a religião para matar em nome dela? Estas mesquitas deviam ser proibidas, pois é lá muitas vezes onde se propaga o ódio... Quem é que trata as mulheres abaixo de cão? E estas burkas, será isto admissível em países democráticos??? Quem é que quer impor as suas tradições e não respeita as tradições dos países que os acolhem??? Oh obama tu és uma tristeza. Já tás é a tempo a mais!!!

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