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Portugueses transformaram detritos em detergente

09 jan, 2016 - 10:00 • Redacção

Projecto inovador é amigo do ambiente: em vez de derivados de petróleo usa detritos vegetais.

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Uma equipa do Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) criou um detergente amigo do ambiente, produzido a partir de resíduos agrícolas e florestais que substituem os derivados do petróleo. O projecto foi premiado pelo Green Project Awards (GPA).

A ideia é poupar o ambiente. Utilizando fontes renováveis para a produção do detergente e substituindo-se, assim, os derivados do combustível fóssil, chegou-se a um composto não tóxico e biodegradável.

O processo de produção do composto passa por várias fases, mas leva apenas “dez dias a chegar ao produto final. Pode ser usado na produção de detergente, mas também na saúde e cosmética”, explicou à Renascença o investigado Nuno Faria, do LNEG, que juntamente com César Fonseca lançou o projecto.

Entrando numa indústria já extremamente estabilizada, um dos principais desafios que o projecto inovador enfrenta é conseguir colocar o produto nas prateleiras dos supermercados a um preço competitivo e sensibilizar as pessoas para a necessidade da sustentabilidade.

“É preciso uma sensibilização da comunidade para uma utilização de produtos sustentáveis e isso é um trabalho diário, como projectos como o nosso”, afirma Nuno Faria.

O projecto, que teve origem numa parceria entre o LNEG e o Instituto Superior Técnico, conta com o apoio do MIT Portugal e da Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

O biodetergente foi o vencedor da 8ª edição do Green Project Awards Portugal 2015, na categoria Investigação e Desenvolvimento.

O controlo de rega em jardins na Amadora, valorização de pescado de baixo valor em Odemira ou sensibilização ambiental numa escola de Peso da Régua foram outros dos projectos premiados pelo Green Project Awards.

Comentários
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  • maria catarina nunes
    11 jan, 2016 Damaia-Amadora 11:52
    Gostei Só tenho pena que muitas vezes estes prémios não passem disso mesmo.
  • Angélica Rodrigues
    10 jan, 2016 Bragança 19:46
    Cada vez mais os portugueses demostram a sua inteligência, capacidade e competência em todas as áreas: científicas, tecnológicas... Todas elas inovadoras e dignas de grandes prémios...Obrigada Nuno Faria e César Fonseca, produzam mais detergente biodegradável, nós agradecemos.
  • 10 jan, 2016 14:40
    Fantástico! Obrigada pelo vosso desenvolvimento. Gostaria de saber o nome do produto para começar a adquiri-lo logo que disponível. Sou defensora da utilização de produtos naturais. Detergentes em casa só uso o da louça e biodegradável. Produtos embalados são cada vez menos os que compro, resíduos vegetais vão para o compostor, resíduos de carne e peixe são raros e por isso só vou ao contentor do lixo cerca de duas vezes por mês e levo um saquito pequeno.

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