07 jan, 2016 - 14:57
O homem que esta quinta-feira morreu quando tentava forçar a entrada numa esquadra da polícia, no 18º bairro de Paris, enquanto gritava "Allahu Akbar" [Deus é grande], assumia-se como membro do autodenominado Estado Islâmico.
O suspeito, atingido a tiro por agentes, tinha uma arma branca e à volta da cintura o que parecia ser um cinto de explosivos, mas que se revelou ser falso. Mais tarde foi encontrada uma folha de papel com uma bandeira islâmica, usada pelo Estado Islâmico, e onde se identificava como sendo membro do grupo terrorista.
O homem teria também um telemóvel cujo conteúdo será agora analisado pelas autoridades.
"Segundo os nossos colegas ele queria explodir-se”, disse. “Ele gritou ‘Deus é grande’ e tinha fios a saírem da roupa. Foi por isso que os agentes abriram fogo", explicou um porta-voz do Ministério da Administração Interna.
O suspeito não tinha documentos de identificação e as autoridades já confirmaram que o incidente vai ser tratado como um caso de terrorismo.
Um jornalista da France2, que cita uma fonte policial, referiu a hipótese de haver um segundo homem-bomba em fuga, mas a informação não foi confirmada pelas autoridades.
Por prevenção, as escolas da zona foram fechadas e os moradores aconselhados a permanecer em casa.
A esquadra situa-se no bairro de Goutte D'Or, onde reside uma importante comunidade imigrante, oriunda maioritariamente do Magrebe e África Subsaariana.
O incidente ocorreu cerca das 12h00 (11h00 em Lisboa).
Este incidente deu-se precisamente um ano depois do ataque terrorista à redacção do "Charlie Hebdo", em que morreram 12 pessoas e ficaram feridas outras cinco ficaram feridas. A 13 de Novembro, uma série de atentados em Paris matou 130 pessoas.