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Guterres não apoia ninguém para Belém

07 jan, 2016 - 06:40

"Tenho a obrigação de não criar complicações adicionais ao meu partido", justificou, em entrevista à RTP. Quanto a uma candidatura própria, diz não ter perfil para ser Presidente. "O Presidente da República deve ser um árbitro e eu gosto de jogar à bola".

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O antigo primeiro-ministro português António Guterres não pretende apoiar qualquer candidato às eleições presidenciais de dia 24 "antes de o Partido Socialista se pronunciar".

"Tenho a obrigação de não criar complicações adicionais ao meu partido", afirmou numa entrevista, na quarta-feira à noite, à RTP.

António Guterres acrescentou que tem "alguma dívida" em relação ao PS. "Desiludi muitos que pensavam que devia ser candidato presidencial", declarou o antigo secretário-geral do PS, argumentando tem perfil para a chefia do Estado.

"O Presidente da República deve ser um árbitro e eu gosto de jogar à bola", justificou, defendendo também "uma interpretação contida" dos poderes presidenciais.

Guterres sublinhou também não ter "qualquer intenção de se dedicar à vida política portuguesa", por ser um "capítulo encerrado", revelando pretender, agora, usufruir de "um período de reflexão" para ver "o que vai fazer a seguir".

"Normalmente, não se deve voltar atrás, há que andar sempre para a frente", notou.

Sobre uma possível candidatura a Secretário-Geral das Nações Unidas, a decidir até ao final deste ano, o até agora Alto Comissário da ONU para os Refugiados considerou ser cedo para pensar no assunto e esclareceu: "Não depende de mim, depende de muitos factores".

"Até 31 de Dezembro, estive completamente empenhado nas funções de Alto Comissário. Agora, preciso de algum espaço para recomeçar de forma mais sistemática e organizada a minha vida", resumiu.

O trabalho de António Guterres enquanto Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados (2005 – 2015) e a mais recente crise dos refugiados na Europa foram os principais temas da entrevista.

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