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Arábia Saudita executa um clérigo xiita e mais 46 pessoas

02 jan, 2016 - 15:01

Esta é a maior execução em massa no país desde 1980, em que foram condenados à morte 63 jiadistas que levaram a cabo a tomada da grande mesquita de Meca. Em 2015, foram executados ao longo de todo o ano 157 pessoas.

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Arábia Saudita executa 47 pessoas por "terrorismo". Irão avisa: "vão pagar caro"
Arábia Saudita executa 47 pessoas por "terrorismo". Irão avisa: "vão pagar caro"

A Arábia Saudita executou 47 pessoas este sábado, entre os quais um clérigo xiita, por alegadamente serem terroristas, numa aparente mensagem que vai em duas direcções: os jiadistas muçulmanos sunitas e os opositores xiitas anti-Governo. Este acto está a ser lido como um sinal de Riade não vai aceitar dissidentes.

Estas mortes surgem no meio do recrudescimento de uma guerra de palavras entre a Arábia Saudita e o Estado Islâmico, que é acusado de perpetuar ataques no país. Mas estas execuções também podem reacender as tensões com o Irão depois da execução do proeminente clérigo xiita, Nimr al-Nimr.

Teerão avisou no ano passado que a execução de Nimr custará caro à Arábia Saudita.

A maior parte dos 47 executados são acusados de liderar uma série de ataques da Al Qaeda na Arábia Saudita depois de 2003, mas também inclui elementos da minoria xiita que esteve envolvida em ataques policiais durante os protestos entre 2011 e 2013.

"Há uma pressão popular muito grande no governo para que castigue estas pessoas. O que inclui todos os líderes da Al-Quaeda, que são responsáveis por derramamento de sangue. Isto manda uma mensagem”, afirma Mustafa Alani, um analista de segurança que é próximo do ministro do Interior saudita.

Esta é a maior execução em massa no país desde 1980, em que foram condenados à morte 63 jiadistas que levaram a cabo a tomada da grande mesquita de Meca. Em 2015, foram executados ao longo de todo o ano 157 pessoas.



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