28 dez, 2015 - 09:33 • Teresa Almeida
O Centro Hospitalar do Algarve (CHA) abre, esta segunda-feira, um inquérito à actuação desta unidade hospitalar no caso de um idoso que está em coma, em Coimbra, depois de ter sido transportado de Faro com problemas vasculares cerebrais. O Hospital de S. José terá recusado receber o doente.
O presidente do conselho de administração do CHA, Pedro Nunes, diz à Renascença que, pela informação que já obteve, tudo decorreu dentro da normalidade em Faro.
Pedro Nunes está de férias e confessa que foi “apanhado de surpresa por esta notícia, no fim-de-semana”. Nesta declarações assegura que vai inteirar-se do que se passou com o doente, de 74 anos, que deu entrada nas urgências de Faro com sintomas de acidente vascular cerebral (AVC) e mais tarde teve de ser transferido para os hospitais de Coimbra, onde está em coma, com prognóstico reservado.
"Pela análise prévia, as coisas correram dentro da normalidade”, no Algarve, declara o médico. Faro não tem, como muitas unidades de saúde do mundo, um serviço de neurorradiologia de intervenção, por isso, "quando há um doente que possa beneficiar deste método, o hospital assinala e o CODU é que avalia para onde é que o doente vai”.
Neste caso, o presidente do conselho de administração do CHA, garante que as seis horas de espera, segundo declarações de familiares “até nem são muitas", tendo em conta que "o doente foi avaliado, sujeito a análises, a um TAC e terá feito, inclusivamente, terapêutica, a chamada trombólise”.
Pedro Nunes diz não saber para qual dos dois hospitais de Lisboa terá sido feito o pedido de transferência do doente, mas o presidente do conselho de administração do CHA explica que, “na capital, só o Santa Maria e o S. José é que têm capacidade para o fazer”.