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Arcebispo de Braga lembra "sentido profundo" do Natal

25 dez, 2015 - 16:46

D. Jorge Ortiga agradeceu o trabalho dos voluntários que "gastam horas, dinheiro e energias" em favor dos mais carenciados.

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O arcebispo primaz de Braga, D. Jorge Ortiga, alerta para o risco de as pessoas se focaram nas “preocupações exteriores”, na corrida às prendas e perderem o “sentido profundo” do Natal.

“Vejamos para além do imediato do presépio”, apelou o arcebispo durante a homilia na eucaristia de Natal, convidando todos os que querem ser discípulos a colocarem-se “na presença de Deus feito homem”.

“Hoje, com a ousadia dos mártires e dos santos, teremos de atar a nossa vida à vida de Cristo (…) Quando criamos esta intimidade unitária nunca nos sentimos abandonados”, aprofundou o prelado.

D. Jorge Ortiga partilhou ainda a sua vivência pessoal, explicando que procura viver com base na vontade de se fazer um com Cristo, assim como com “qualquer próximo” que encontra. “'Fazer-me um com Cristo' e 'fazer-me um com todos' sem exclusão de espécie nenhuma. É este o sonho da unidade”, precisou.

“Se a vida dos outros tem alegria é com essa alegria que me identifico. Se é sofrimento, a sua dor é minha e as suas lágrimas não ficam sozinhas”. O “fazer-se um” com o outro conduz, assim, ao afastamento do egoísmo e da indiferença.

O arcebispo deixou uma nota de agradecimento ao Menino de Belém por todos os voluntários que "por Ele e pelo Seu Reino, gastam horas, dinheiro e energias". Pediu para que os fiéis empreguem parte do seu tempo na ajuda ao próximo, em actividades de voluntariado. “Só desde que damos a nossa vida, ela é verdadeiramente nossa”, concluiu.

Os reclusos dos estabelecimentos prisionais de Braga e Guimarães mereceram também a atenção de D. Jorge Ortiga, que durante a homilia revelou a intenção de levar avante a construção de uma casa de transição, Casa Esperança, com um ambiente "mais ou menos supervisionado", por forma a facilitar "a passagem da vida institucional para a vida em comunidade".

"Sair de um ambiente totalmente controlado para um ambiente onde há poucas ou nenhumas restrições e uma grande variedade de tentações é muitas vezes motivo para que muitos ex-reclusos regressem ao crime", sublinhou o Arcebispo.

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