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FMI admite que dívida portuguesa devia ter sido reestruturada

20 dez, 2015 - 14:44

O FMI admite que nalguns casos as suas políticas estavam alicerçadas em dados sem sustentação científica.

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O Fundo Monetário Internacional admite que a dívida portuguesa devia ter sido reestruturada, e que só não foi porque na altura porque se temia o efeito de contágio.

As normas do FMI indicam que apenas os países com dívidas sustentáveis deviam ser financiados, e que para os outros devia-se recorrer a reestruturação. Mas no caso de Portugal, as coisas não funcionaram assim, explica a organização num relatório publicado na última semana.

“Em Portugal foi difícil afirmar categoricamente que havia uma alta probabilidade de a dívida ser sustentável no médio prazo. No entanto, dadas as preocupações acerca do contágio sistémico internacional, invocou-se uma isenção sistémica para justificar o acesso excepcional”, diz o relatório, citado pelo jornal “Público”.

Este é apenas um de uma série de falhas que o FMI reconhece ter cometido ao longo dos últimos anos nos resgates a países em dificuldade financeira. Os técnicos admitem que a consolidação orçamental foi exigida com demasiado pouco tempo, tendo tido efeitos negativos e também que a desvalorização interna, o que em casos como Portugal tem de ser levado a cabo através da redução salarial, deveria ter tido um prazo maior para ser implementado.

Algumas das falhas detectadas já tinham sido admitidas, surgindo agora consolidadas no relatório. O FMI admite ainda que nalguns casos as suas políticas estavam alicerçadas em dados sem sustentação científica.

Comentários
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  • Observador
    04 jan, 2016 Fnc 15:47
    O FMI admite que em nalguns casos as suas políticas estavam alicerçadas em dados sem sustentação científica! Portugal foi um desses casos! Mas pior, não bastou ter sido um desses casos, a coligação governativa de direita PSD/CDS em boa hora apeada sempre afirmou que não havia alternativa, que reestruturar significaria o mesmo que dizer aos credores que não pagávamos e que a tão proclamada credibilidade(?!) seria definitivamente abalada ! O governo de direita PSD/CDS faltou à verdade, por negligência, por incompetência ou por premeditação! E consequências? Como poderá a maioria de um povo ser ressarcido da destruição de que foi alvo? Que têm a dizer PSD e CDS sobre a nota do FMI?
  • É isto aí
    04 jan, 2016 poisé! 15:11
    Alberto Martins, tiraste-me quase todas as palavras da boca. O pior é que foi uma subserviência tão grande que meteu este país e muitas das pessoas a passaram a pão e água. E agora quem é que paga por estas consequências? CAMBADA DE NOJENTOS sem vergonha na cara, depois de fazerem o mal ainda têm a lata de reconhecer. E os parvos dos laranjas Sim Sr. !!! Façam mais que eles aguentam!!! Se não tiverem que comer que vaiem procurar no lixo....(TROIKAS, RODINHAS E COMPANHIA, EUROPA DA TRETA. COELHO, PORTAS E AFINS) mas ainda assim ainda houve muito do povinho burro que queria dar a vitória a estes que em 4 anos destruíram um país e um povo. Nem uma critica se ouvia por parte deste coelho e companhia, nem que as pessoas morressem à fome. BURROS! E esta comunicação social, também tem muito que se lhe diga. Gostei de uma afirmação que Sampaio da Nóvoa disse o bom aluno, não é aquele que assimila tudo, mas sim aquele que consegue criticar também aquilo que lhes impõem....
  • pedro
    22 dez, 2015 pt 20:45
    Foi o que o PCP sempre disse e defendeu, desde o início desta história toda. Portugal não precisa nem de analistas estrangeiros, nem de técnicos de organizações internacionais para saber o que deve ser feito e como fazer. Há por cá muito cérebro, organizado, e quem sabe bem o que fazer. O problema é que a população gosta de cantigas e de ser amedrontada. De papões também.
  • Alberto Martins
    21 dez, 2015 Lisboa 11:49
    Pois é...mas então não é o que a esquerda tem reclamado principalmente o BE? A quem passo/portas chamaram radicais? Afinal quem foi radical e extremista de direita foi passos/portas que sempre disseram "temos que pagar, nada de reestruturação da divida, custe o que custar..." Foi uma verdadeira tragédia que depois do 44 o tuga tivesse eleito passos/portas. Uns verdadeiros sabujos lambe botas de alemães troikas e afins...gente que quis ir muito para além da troika desprezando completamente o seu povo, se bem que no caso de passos tenha duvidas de quem é que ele considera ser "nacional"...se ser português estiver em 2º lugar está explicada esta aversão pelo povo português...
  • Zé Povinho
    21 dez, 2015 Alverca 09:51
    Já não sei em quem acreditar ! então isto não é o que a esquerda radical defende ?
  • E o estudo ?
    21 dez, 2015 lisboa 09:46
    E pôr o estudo do FMI no qual a noticia se suporta como link ou fazer uma referência ao nome do estudo para que os leitores possam confirmar !?! Mas que jornalismo de 2ª categoria é este ?
  • da
    21 dez, 2015 pais 07:16
    É o costume. Fazem o mal, e depois para gozar com as pessoas admitem. Mas sem qualquer dano para eles. Nada de novo.
  • 20 dez, 2015 Coimbra 19:19
    Pois, mas só o PM não sabia. Caiem os gigantes e supra sumo da economia com o reconhecimento do erro. Mas não apaga o sofrimento que infligiram a um povo com a conivência do seu desgoverno. É lamentável, e agora???? Será que vão ser consequentes com as suas conclusões? Duvido. E com outros povos como o Grego, não vão tirar consequências??? Mais cego é o que não quer ver do que o cego! Esta gente não presta, com eles para a rua, JÁ! É o mínimo!!!!
  • Alberto
    20 dez, 2015 Funchal 17:37
    O FMI admite QUE NÃO DEVE SER OUVIDO. São demasiadas posições de esquizofrenia. Demitam-se.
  • Isabel
    20 dez, 2015 Lisboa 17:14
    O FMI ainda vai a tempo de emendar a mão!

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