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Governo inicia processo de reversão da privatização da TAP

09 dez, 2015 - 11:27

Tutela não comenta declarações do presidente executivo da TAP. Fernando Pinto afirmou que a reversão seria um processo difícil, lembrando que metade do dinheiro da venda já foi gasto.

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O Governo já iniciou o processo negocial com os novos accionistas da TAP, donos de 61% do capital, para ficarem com uma participação minoritária, e o Estado ser accionista maioritário, afirmou esta quarta-feira o ministro do Planeamento e das Infra-estruturas.

"Já começámos o processo negocial que necessariamente envolve os accionistas, mas que está em desenvolvimento e não quero falar dos detalhes do mesmo nesta fase", afirmou Pedro Marques, à margem do 9º. Congresso Nacional da Contratação Pública Eletrónica, no ISCTE-IUL, em Lisboa, o primeiro acto público do governante.

Questionado pelos jornalistas sobre a reversão da privatização da TAP, Pedro Marques adiantou que o processo de negociação com os accionistas da Atlantic Gateway, David Neeleman e Humberto Pedrosa, já arrancou, esperando que se concretize com "a rapidez possível para a TAP ter estabilidade e continuar a crescer".

"Mantemo-nos firmes e determinados em recuperar a maioria do capital para o Estado", declarou o ministro do Planeamento e Infra-estruturas, que na nova orgânica do Governo tem a tutela da TAP.

Aos jornalistas, Pedro Marques realçou que "a TAP é uma empresa estratégica para Portugal, no desenvolvimento económico do país e na relação com os países da lusofonia" e, portanto, existe "esse propósito" de reverter o processo.

Mas o governante recusou-se a dar mais informações sobre "o processo negocial" para "não condicionar", escusando-se a comentar as declarações do presidente executivo da TAP, Fernando Pinto, que disse que a eventual reversão da privatização será um processo difícil e lembra que já gastou metade do dinheiro que entrou com a venda.

"Não sei como se reverte a privatização. Entraram 180 milhões de euros e eu já gastei metade", disse Fernando Pinto no 41.º Congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) na semana passada, em Albufeira.
O acordo de conclusão da venda directa de 61% do capital da TAP foi assinado no dia 12 entre a Parpública, empresa gestora das participações públicas, e o agrupamento Gateway, na presença da então secretária de Estado do Tesouro, Isabel Castelo Branco, do então secretário de Estado das Infra-estruturas, Transportes e Comunicações, Miguel Pinto Luz.
Comentários
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  • jose ricardo
    23 dez, 2015 leiria 00:48
    eles são cães e lobos! matam uns e comem todos.
  • Carlos Magalhães
    09 dez, 2015 Peso da Régua 23:24
    Segundo o novo governo a TAP é uma empresa estratégica para Portugal. E então a EDP, REN, GALP, PT não são estratégicas para a economia portuguesa? Então porque é que os anteriores governos socialistas ajudaram a privatizar estas empresas?
  • Eu
    09 dez, 2015 Eu 23:00
    "Eu quero, posso e mando!" (Kosta)
  • 09 dez, 2015 18:40
    Já gastou metade do dinheiro, onde e com o quê? Os aviões estão cheios, há trabalho e passageiros. Afinal é má gestão ou onde estão os problemas?
  • TAPador
    09 dez, 2015 Sacavide 15:33
    Sempre acreditei que um dia destes a TAPezinha (sim, foi transformada nisso pelo desgoverno do PPD/CDS) voltaria a ser só TAP! Aguardo com expetativa porque a TAP é nossa, jamais nos poderão TAPar os olhos, ou "vendadá-la" por tuta e meia aos amigos ricos!
  • Zeca
    09 dez, 2015 Nazaré 13:17
    Vamos em frente. Este foi mais um crime de Passos Coelho. Há que reverter o PREC que sofremos nos últimos 4 anos.
  • Rogério Silva
    09 dez, 2015 Porto 12:26
    Brinquem, vão brincando sempre até o fogo pegar. Depois não fujam ... Deveriam reverter-se os que se entretém com a palavra agora usada por essa maioria parlamentar - Reversão disto, reversão de mais aquilo ! O pior é que não serão os seus autores que 'chorarão' sozinhos ! O país também, e por muito tempo.
  • Petervlg
    09 dez, 2015 Trofa 12:07
    Tinha uma réstia de esperança que este governo não seja um desgoverno total, vamos gastar a toa o dinheiro dos contribuintes.
  • artur carvalho
    09 dez, 2015 Lisboa 11:55
    Triste país este que anda a reverter privatizações como a da TAP mas compreendo que se trata de uma factura que o derrotado Costa tem para oferecer ao País e aos portugueses para satisfazer os kamaradas Catarina, Jerónimo e os sindicalistas habituais... Se eu fosse comprador dos 61 por cento da TAP, queria o meu dinheiro de volta e as indemnizações e a TAP que fosse à insolvência mais os sindicatos que a aprisionam... Já no tempo do Cravinho o PS queria a privatização total e agora quer a nacionalização..:FANTOCHADA de poltíticos.

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