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Governo fará "todos os esforços" para compromisso sobre aumento do salário mínimo

07 dez, 2015 - 17:58

Primeiro-ministro António Costa já defendeu, no parlamento, que pretende uma subida até aos 600 euros no final da legislatura.

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O ministro do Trabalho disse, em Bruxelas, que o Governo fará "todos os esforços" em busca de um compromisso com os parceiros sociais sobre o aumento do salário mínimo (actualmente nos 505 euros)mas lembrou que a última palavra cabe ao executivo.

José Vieira da Silva, que falava à saída de uma reunião dos ministros do Emprego e Assuntos Sociais da UE, ao ser questionado sobre a reunião da concertação social agendada para quinta-feira para discutir o aumento progressivo do salário mínimo nacional até atingir 600 euros, e a já anunciada discordância da CGTP, comentou que esta é uma questão sobre a qual dificilmente há consenso.

Apontando que, "duramente muitos anos, o salário mínimo foi fixado como a lei prevê, pelo Governo, ouvindo os parceiros sociais" e "há uns anos, pela primeira vez foi possível assinar um acordo de longo prazo ou de médio prazo de fixação de uma trajectória de crescimento do salário mínimo", o ministro garantiu que "o Governo não deixará de explorar todas as hipóteses para que o seu objectivo e o seu compromisso com os portugueses e as portuguesas de recuperar uma trajectória de crescimento do salário possa também ser suportado com um acordo de concertação social".

"Faremos todos os esforços para que isso aconteça, mas obviamente que a última palavra, como sempre aconteceu ao longo da história do nosso salário mínimo, depende sempre do Governo. Eu creio que há espaço de manobra para discutir. Nunca é um valor ou uma trajectória que seja integralmente aquela que cada parceiro considera mais adequada, mas o diálogo é isso, a busca de um compromisso, e eu estou convicto de que tudo faremos para que esse compromisso no curto prazo, ou no curto e médio prazo, ou no médio prazo possa ser atingido", afirmou.

Na semana passada, o primeiro-ministro António Costa defendeu no parlamento que pretende que o salário mínimo chegue aos 600 euros no final da legislatura.

Neste seu regresso a Conselhos ministeriais da União Europeia em Bruxelas, o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, questionado sobre se sentiu "confiança" por parte dos parceiros europeus no novo Governo do PS apoiado pela esquerda, comentou que "os parceiros europeus estão mais tranquilos" do que aquilo que se possa pensar em Portugal.

Comentários
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  • ana
    08 dez, 2015 paiva 08:34
    A coligacao e os fascistas juntos nestes comentarios mais uma ves os que mais tem a pensar neles proprios
  • Joao
    07 dez, 2015 Porto 23:33
    ... o aumento do salário mínimo para 600 € ? Cuidado que eu pago x 14 o que significa 700 €. Se não aguentar despeço e fecho ... procurarei emprego ...
  • Carlos Costa
    07 dez, 2015 Santarem 20:46
    O governo fará o que o PCP quizer!!!!
  • pindorica
    07 dez, 2015 lisboa 20:46
    o tralha mor no seu melhor.
  • JPMoura
    07 dez, 2015 Seixal 20:25
    Sr. ministro do Trabalho, ninguém come com apenas "todos os esforços" que possa fazer o Governo para aumento dos salários (mínimo). É com trabalho ai sim é possível. Mas o trabalho não se consegue com esforços, os grandes esforços sim, esse é necessário para trabalhar-mos, consegue-se com:investimento, produtividade, aumento progressivo de postos de trabalho, industrialização que praticamente está de rastos, inovação tecnológica, capacidade escoamento interno e aumento de exportações, etc, etc, para tal é necessário capacidade e visão politico/económica e empresarial, boa relação e protocolos com Países de acordo com a nossa capacidade. Desenvolver esforços para aumentar impostos e obrigar as empresas, como estamos, a suportarem a V. boa vontade, Politica. Bem o resultado está à vista: Vão aumentar o salário mínimo, consequentemente os descontos e maiores encargos para todos, as insolvências, as falências, o fecho muitas empresas, a fuga do capital estrangeiro, o medo/recuo no investimento interno e, o bom a "banca rota". Hoje quase que não passamos de um Pais de serviços prestados só que já não há a quem prestar serviços. Se a ideia passa pela celebre frase feita que os ricos e as empresas que paguem a desgraça, então está garantido muitos Pingos-doces na Holanda. V. sugiro que inverta e passe para M. do Desemprego planeie lograr receber muitos empresários desempregados cujo subsidio não têm direito.
  • Carlos Costa
    07 dez, 2015 Santarem 20:19
    A palavra deste governo vale ZERO!!!!
  • José Cunha
    07 dez, 2015 Paredes de Coura 19:34
    Sr. Vieira da Silva, veja e concentre-se quem paga os salários são os empresários e não a vossa vontade e muito menos das centrais sindicais entre as quais a CGTP/PCP.o senhor já foi ministro do Sócrates e se não me engano de Guterres, nunca o vi levantar um braço contra as políticas ruinosas para o país que os vossos desgovernos estavam a levar o país á bancarrota , será que nada aprenderam com este passado tão sinistro???Bem sei que quem manda não é o PS mas sim a extrema esquerda que indica os caminhos a seguir???Bonito, até quando!?...

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