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​Programa de Governo. Dez medidas que vão mexer com a vida dos portugueses

02 dez, 2015 - 22:00 • Carlos Calaveiras , Ricardo Vieira

Em quase seis horas de debate no Parlamento, o novo primeiro-ministro, António Costa, resumiu as principais medidas inscritas nas 262 páginas do programa do XXI Governo Constitucional para os próximos quatro anos.

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Alta tensão no debate do programa do Governo
Alta tensão no debate do programa do Governo

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Eliminação progressiva da sobretaxa de IRS, aumento do salário mínimo para 600 euros, reposição dos salários dos funcionários públicos e desfazer a "negociata" da concessão dos transportes foram algumas das medidas confirmadas pelo primeiro-ministro, António Costa, no primeiro dia do debate do programa de Governo

SOBRETAXA DE IRS - “A partir do próximo ano a sobretaxa de IRS começa mesmo a ser eliminada. Não é devolver 9%, 15% ou 36%, é eliminar a sobretaxa”, garantiu António Costa no debate do programa do XXI Governo Constitucional. A Renascença avançou esta quarta-feira que o PS e os restantes partidos de esquerda chegaram a um consenso.

SALÁRIO MÍNIMO - "Convoquei para a próxima semana uma reunião da concertação social para apreciar proposta do Governo para 600 euros mensais ao longo da legislatura", anunciou o primeiro-ministro.

FUNÇÃO PÚBLICA - Já se encontram "em apreciação parlamentar iniciativas sobre a reposição integral em 2016 dos vencimentos devidos aos funcionários públicos”, declarou António Costa. O primeiro-ministro afirmou, ainda, que o Governo vai suspender a lei da requalificação na administração pública. Garante que vai resolver a situação de 600 funcionários afastados pelo anterior Ministério da Segurança Social.

TRANSPORTES PÚBLICOS - Costa garante que será possível desfazer a "negociata" da concessão dos transportes públicos de Lisboa e Porto sem custos para o Estado. "A cegueira e o radicalismo" do anterior Governo fica sem efeito porque o Tribunal de Contas não deu visto aos contratos, argumenta.

IVA DA RESTAURAÇÃO - O primeiro-ministro considera a medida "decisiva". O IVA na restauração vai ser reduzido dos actuais 23% para 13%. O objectivo é apoiar a criação de postos de trabalho.

SAÚDE - O chefe do Governo tenciona reduzir as taxas moderadoras na Saúde, apostar nos cuidados de saúde primários e dar um médico de família a todos os portugueses. O fim de alguns serviços de urgência será reavaliado.

FUNDOS EUROPEUS - Promete que nos primeiros 100 dias de Governo vão ser disponibilizados 100 milhões de euros, em fundos europeus, para as empresas portuguesas.

SEGURANÇA SOCIAL - "Há que encontrar novas formas de financiamento da Segurança Social”, diz Costa. "Não se trata de tirar dinheiro ao fundo. Trata-se de assegurar que o Fundo de Estabilização Financeira não seja totalmente consumido, como hoje está, já em 90%, em compra de dívida pública ou em aplicações financeiras de solvabilidade duvidosa, e de pôr também na carteira de diversificação investimentos que permitam remunerar as aplicações com base nas rendas. E, assim, proporcionando reabilitação urbana que dinamiza a economia, e rendas acessíveis que servem o acesso à habitação por parte da classe média", disse o primeiro-ministro.

DÉFICE EXCESSIVO - "Este Governo nos próximos 29 dias tudo fará para não diminuir a receita nem aumentar despesa. Aquilo que desejo profundamente, em nome do interesse nacional e deste Governo, é que, a partir do próximo ano, Portugal possa viver sem estar sujeito às regras do procedimento de défice excessivo. Este Governo tudo fará para cumprir os acordos internacionais”.

SIMPLEX - Anuncia "regresso em força do Simplex, alargando a sectores essenciais como a Justiça", entre outros.

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Comentários
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  • pois
    04 dez, 2015 Lisboa 15:50
    ...e na...função publica?!...Quando é que valorizam os funcionários que investiram na sua formação superior ao invés de os manterem em categorias de assistentes operacionais totalmente desfasados e muita vezes estigmatizados e tanto se ouve "não serve de nada ter um curso superior".... e quantas funcionárias sobem através de outros "caminhos" ... Muitos funcionários andam lá a "pastar" e a bajular os "superiores (que já parecem vocacionados para receber mordomias...) sendo concentrado bastante poder nas mãos destas pessoas promovendo ambientes corrosivos para qualquer funcionário que não se meta em esquemas e interesses individuais.
  • João Silva de Sousa
    04 dez, 2015 Amadora 11:24
    Já não era sem tempo. Mas terá de haver muita prudência por parte do Governo, dado que a UE não perdoa e põe os Países em cheque. Aliás, em grande parte, a Alemanha, Imperatriz do novo "Sacro" Império Romano-Germânico, tem dado provas disso. Quanto a mim, pessoalmente, Prof. Universitário de um Estabelecimento Público de grande nomeada, com Doutoramento e Agregação, vi o meu vencimento reduzido a metade e, com isso, seguiram-se os sacrifícios que impus a mim próprio para que nada faltasse nem falte a minha mãe com 90 anos de idade, viúva e com uma pensão que, se estivesse sozinha, fá-la-ia escolher entre alimentação e medicamentos.
  • Fernando Relvão
    04 dez, 2015 Coimbra 01:17
    O Parlamento virou a circo. Os deputados da direita em vez de estarem na Assembleia a tratar e a resolverem os assuntos do País , estão a defender os assuntos dos seus Partidos e a tentarem recuperar os tachos que perderam. Tenham mais respeito pelos cidadões , que vos pagam o ordenado.
  • Paulo Chaves
    04 dez, 2015 Peso da Régua 00:54
    Atenção! Terra chama Mário, Terra chama Mário! Terra chama Mário Centeno!
  • As barracas
    03 dez, 2015 Fafe 23:09
    Eu só sei uma coisa. Governo do Mário Soares... Deu barraca. António Guterres... deu barraca (país num pantano) José Sócrates... deu barraca (país falido). António Costa... espero que Portugal não se torne numa Cuba ou numa Grécia, com esta ideia de se tornar á esquerda, porque de barraca já o povo está cheio.
  • Maria Irene de Jesus
    03 dez, 2015 Lisboa 18:25
    Tudo o que está a dizer já estava previsto no antigo governo, até aqui não vejo nada de novo: Quanto aos transportes públicos, vamos começar outra vez com greves, atrasos para os trabalhos e falta de responsabilidade na forma com que lidam com os utentes, para agravar sempre mais o trabalhador que já pagou e bem o passe social. Darem dinheiro às empresas? Lá vem a mesma coisa, subsidiarem quem já recebe benefícios na precariedade dos trabalhadores vindos do fundo do desemprego! Essa de repor os ordenados dos funcionários públicos, é mesmo surreal, como? A segurança social é uma pedra no sapato para todos os governos, não me dão garantias de que consigam, só se mexerem no que não devem. Cuidado, palavra dada, palavra honrada, onde vão buscar verbas para semelhante despesismo de que apelidam de "Milagre"
  • Maria Emilia Graça
    03 dez, 2015 Amadora 17:45
    Estou sempre na espectativa de ouvir falar nos reformados que têm os mesmos descontos de quem trabalha. E nós como ficamos? Também deixo de pagar a sobretaxa? também sou aumentada? também não pago o fundo de solidariedade? também não desconto 3,5% não sei para quê e mais o que não dizem!...
  • É isto aí meu
    03 dez, 2015 rqtparta 17:25
    Pelo menos que não se prejudique os que menos ganhem em função de favorecer os que mais ganham...
  • Para o pseudónio
    03 dez, 2015 rqtparta 17:21
    Oh pseudónio, eu respondi-te, tiveste a resposta merecida, mas foi para a gaveta. Só para te dizer, mais uma vez: De burros está o mundo cheio disfarçados de inteligentes....
  • Eborense
    03 dez, 2015 Évora 14:37
    Agora é que eu estou a ficar mesmo apreensivo. Sempre pensei que não fosse tão grave. Espero que aqueles que se encontram tão felizes com estas medidas não venham a arrepender-se. Seria bom para todos!

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