01 dez, 2015 - 20:50
Alguns pontos do acordo que sair da Cimeira do Clima, que decorre em Paris, devem vincular juridicamente os países, admitiu esta terça-feira o Presidente norte-americano.
Barack Obama defende que as nações devem estar juridicamente vinculadas, nomeadamente, à revisão periódica das metas de redução das emissões de gases com efeito de estufa.
Esta é considerada uma das questões mais importantes do acordo que está a ser discutido na capital francesa.
Em conferência de imprensa em Paris antes de regressar aos Estados Unidos, Obama afastou, desta forma, um dos vários obstáculos a um novo acordo mundial para combater as alterações climáticas e foi ao encontro do que defendem a União Europeia e outras nações desenvolvidas.
O Partido Republicano, que controla o Congresso norte-americano, promete não deixar passar um pacote de biliões de dólares que Obama prometeu para apoiar as nações em desenvolvimento a combater o aquecimento global.
Questionado pelos jornalistas, Obama, que termina o mandato no próximo ano, declarou que o impacto das alterações climáticas vai obrigar qualquer futuro Presidente dos Estados Unidos a agir, seja ele democrata ou republicano.
O Presidente norte-americano está confiante no resultado da Cimeira do Clima de Paris. Obama declarou que os 150 países participantes estão a levar o problema das alterações climáticas “muito a sério” e acredita que os compromissos serão cumpridos.
Obama encontrou-se esta terça-feira com os representantes das pequenas ilhas ameaçadas pelo aumento do nível do mar e prometeu apoios, porque estão “entre os mais vulneráveis às mudanças climáticas”.
“Eu sou um rapaz da ilha. Eu compreendo a sua beleza, mas também a fragilidade”, sublinhou o Presidente norte-americano.