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Desinformação, calúnia e difamação. Os três pecados do jornalismo, segundo o Papa

30 nov, 2015 - 19:26 • Aura Miguel , em Roma

Numa altura em que o Vaticano está a processar os dois autores de livros baseados em documentos da Santa Sé, Francisco diz que se um jornalista for um bom profissional saberá pedir desculpa.

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O Papa Francisco elencou aquilo a que chama os três pecados do jornalismo, esta segunda-feira em conversa com jornalistas no regresso de África, onde passou os últimos seis dias.

Segundo o Papa, estes três pecados são a desinformação, a calúnia e a difamação.

O Papa não tinha apenas críticas a fazer ao trabalho dos jornalistas, cuja importância para a sociedade também sublinhou. “Numa imprensa livre, o importante é que sejam profissionais de verdade, e que não manipulem as notícias. A denúncia da injustiça e da corrupção é um belo trabalho porque, nesses casos, os responsáveis devem fazer alguma coisa e ir a tribunal”.

“A imprensa profissional deve dizer tudo, sem cair nos três pecados mais comuns: a desinformação – dizer a metade e não dizer a outra metade –, a calúnia e a difamação. Precisamos deste profissionalismo. E se um jornalista for um verdadeiro profissional, se errar, pede desculpa”, referiu ainda Francisco.

As palavras do Papa surgem numa altura em que o Vaticano se encontra sob forte pressão internacional e mediática pelo facto de ter levado a tribunal dois jornalistas italianos que escreveram livros com base em documentos confidenciais.

Os dois jornalistas contestam o processo, que decorre num tribunal civil da Santa Sé, uma vez que o direito à liberdade de imprensa é reconhecido em Itália, mas no código civil do Vaticano não.

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