30 nov, 2015 - 13:50
O ministro da Economia quer transmitir sinais de confiança e de diálogo a empresários e trabalhadores. Manuel Caldeira Cabral começou o mandato na Horta Seca a ouvir as confederações patronais e centrais sindicais.
Esta segunda-feira, de manhã, já recebeu os representantes do comércio e serviços e a CGTP. À tarde será a vez da UGT.
Nas primeiras declarações enquanto ministro disse que procura contributos de todos. “Estamos a ouvir todos os representantes dos sectores e dar-lhes sinais de confiança de que este governo está aqui a governar para melhorar as condições económicas do país”, afirmou.
"O objectivo do ministério da Economia é estar sempre ao lado das empresas, dos empresários, dos empreendedores e também dos trabalhadores", acrescentou.
O novo ministro da Economia disse ainda que pretende "abrir uma porta de diálogo" no seu Ministério e que quer envolver todos. "A economia faz-se com empresas e empresários e também com trabalhadores motivados", disse.
O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, à saída da reunião com o ministro da Economia, confirmou ter sido o governante a solicitar a reunião para ouvir a posição da confederação sobre o que perspectiva para a economia do país.
Essa posição, explicou o sindicalista, passa pela valorização do trabalho e dos trabalhadores e pela necessidade de mudar o modelo de desenvolvimento actual de baixos salários, trabalho precário e desqualificado.
"Abordámos ainda a aposta na produção nacional, para reduzir a dívida e as importações. E criar mais riqueza e emprego", disse Arménio Carlos, acrescentando ter defendido também na reunião a rentabilização da EMEF - Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário.
"A EMEF faz apenas manutenção do material circulante ferroviário mas, com investimento, pode tornar-se numa empresa de construção deste material para renovar as frotas da CP e do Metro", defendeu, salientando ainda a necessidade de revogar a legislação laboral produzida no tempo da "troika".