29 nov, 2015 - 20:36
O primeiro-ministro, António Costa, considerou que a cimeira entre a União Europeia e a Turquia "correu muitíssimo bem" e sublinhou a posição "coerente" que Portugal tem vindo a defender de aproximação entre as partes.
"Foi uma cimeira que correu muitíssimo bem. Portugal estava, aliás, numa posição confortável, porque não só é membro de corpo inteiro da UE, como é um velho aliado da Turquia no âmbito da NATO, e portanto temos sempre tido uma posição coerente, de defesa da aproximação entre a UE e a Turquia", disse.
António Costa, que falava à saída do seu primeiro Conselho Europeu, três dias após ter tomado posse como primeiro-ministro, observou que o seu Executivo tem "uma posição que já vinha definida, aliás, do Governo anterior, de partilha de responsabilidades para fazer face a esta gravíssima crise dos refugiados e também no aprofundamento daquilo que são os instrumentos de cooperação no âmbito da política de vizinhança e no âmbito da política de adesão da Turquia à UE".
A curta cimeira visou tratar sobretudo do fortalecimento da cooperação entre o bloco europeu e a Turquia para uma melhor gestão dos fluxos migratórios, com a oficialização de um fundo de três mil milhões de euros que a União presta a Ancara em troca da sua ajuda gerir os fluxos de refugiados oriundos da Síria.
Desta verba, 2,5 mil milhões serão provenientes dos cofres dos 28 Estados-membros.
Os líderes da UE discutiram com o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, o plano de acção conjunto UE/Turquia sobre migração, assim como o avanço no processo de facilitação de vistos, a aplicação de acordos de readmissão e o retomar do diálogo sobre o processo de adesão da Turquia à UE, outras contrapartidas que a UE apresenta a Ancara para ter o seu apoio na crise de refugiados.