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Portugueses resgatam mais 33 pessoas deixadas à deriva no Mediterrâneo

27 nov, 2015 - 12:49

Embarcação navegava em piloto automático, depois de ter sido abandonada pelo facilitador. Último balanço do ACNUR revela que 3.460 migrantes morreu ou desapareceu durante a travessia.

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Marinha portuguesa resgata dezenas de migrantes no Mediterrâneo
Marinha portuguesa resgata dezenas de migrantes no Mediterrâneo

A Polícia Marítima portuguesa resgatou esta madrugada 33 pessoas, entre as quais cinco crianças, junto à ilha grega de Lesbos.

No final de uma patrulha nocturna, a equipa deparou-se com uma embarcação que levava um rumo irregular e dirigia-se para uma zona rochosa. Quando se aproximaram viram que navegava em piloto automático, depois de ter sido abandonada por um facilitador.

Sete crianças, cinco mulheres e 21 homens foram deixados à sua sorte e não levavam equipamento de segurança.

Depois de lhes fornecerem coletes salva-vidas, a embarcação portuguesa “Tejo” acompanhou de perto o barco até ao porto mais próximo, onde todos desembarcaram em segurança.

A Polícia Militar vai manter o seu apoio à Guarda-costeira grega, integrada na missão da agência FRONTEX, até ao dia 30 de Setembro de 2016. Até ao momento a equipa já resgatou, em segurança e transportou para terra, cerca de 1.300 refugiados e emigrantes, entre os quais 261 crianças e 282 mulheres.

Mais de 800 mil migrantes e refugiados chegaram em 2015 à Europa através do Mediterrâneo. O número é da ONU, alertando para a situação na ilha grega de Lesbos, onde milhares dormem ao relento.

Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), 806.000 migrantes e refugiados atravessaram em 2015 o Mediterrâneo para chegar ao território europeu, dos quais a grande maioria, 660.700, passou pela Grécia e pelas ilhas gregas do mar Egeu. Um total de 3.460 migrantes morreu ou desapareceu durante a travessia, indicaram os mesmos dados.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) estima que, entre este ano e o próximo, 1,4 milhões de pessoas atravessem o Mediterrâneo em busca de segurança e protecção.

A Amnistia Internacional (AI) já divulgou um plano para uma acção concertada em oito áreas destinado a responder às crises de refugiados e na sequência do que designa por "falhanço moral catastrófico" dos líderes mundiais.

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