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Putin garante que informou EUA sobre operação de avião russo abatido

26 nov, 2015 - 22:41

Já o Presidente turco disse que, se tivessem sabido que o avião abatido pelos militares turcos era russo, talvez tivessem atuado de forma diferente.

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A Rússia tinha informado os Estados Unidos da missão do bombardeiro russo abatido terça-feira pela aviação turca, pelo que Ancara não pode alegar que desconhecia a nacionalidade da aeronave, declarou Vladimir Putin.

"Os Estados Unidos, que lideram uma coligação de que faz parte a Turquia, conhecem o lugar e o momento da passagem dos nossos aviões, e foi precisamente nesse lugar e nesse momento que fomos atingidos", afirmou o Presidente russo numa conferência de imprensa.

Assim, fica "excluída" a hipótese de a aviação turca não ter podido identificar a que país pertencia o Su-24, como alegou Ancara, disse Putin, para quem "são apenas pretextos".

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse esta quinta-feira que, se tivessem sabido que o avião abatido pelos militares turcos era russo, talvez tivessem atuado de forma diferente, e lamentou que Putin não tenha atendido os seus telefonemas.

Numa entrevista ao canal televisivo France 24, Recep Tayyip Erdogan afirmou que a aeronave abatida por ter entrado no espaço aéreo turco "era um avião de identidade não determinada", pelo que podia ser "um avião do regime" sírio de Bashar al-Assad.

Questionado acerca das acusações de Putin, que classificou o abate da aeronave russa de "punhalada nas costas", o presidente da Turquia revelou que havia tentado esclarecer a situação com o seu homólogo russo por telefone, mas que este "não atendeu a chamada".

Acrescentando que apresentou à embaixada russa todos os elementos de que dispõe sobre o incidente, o chefe de Estado turco acrescentou não desejar um clima de tensão com a Rússia, país com o qual mantém intensas relações económicas.

Comentários
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  • António Costa
    27 nov, 2015 Cacém 14:01
    É o que se chama uma verdadeira salada Russa! E esta é autêntica! Vejamos de um lado os Xiitas, Assad/Irão/Hezbollah e Rússia. No outro lado os Sunitas, Turquia/Arábia Saudita/Estado Islâmico e Israel. Os EUA tem Obama ao lado do Hezbollah e os Republicanos ao lado da Al-Qaeda. Sim, isto promete! Agora a França que é aliada da Polónia, por causa dos atentados, "aliou-se" à Rússia que é inimiga da Polónia. Assim, a França, vai bombardear o "Estado Islâmico" ao lado da Rússia. Entretanto, a Turquia, que apoia o EI "pela porta do cavalo", caiu numa armadilha e abateu um avião russo. Entretanto, a Polónia aliada da França e da Turquia na NATO, já avisou que o EI não servia para branquear a Rússia. O pior: milhões de deslocados e refugiados e centenas de milhares de mortos. Minorias "riscadas" do mapa.

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