Tempo
|
A+ / A-

Ex-autarca de Matosinhos acusado de abuso de confiança e falsificação de documentos

26 nov, 2015 - 19:13

Narciso Miranda está acusado de ter usado, em proveito próprio, 37.500 euros, dinheiro proveniente de uma subvenção estatal à sua candidatura à Câmara de Matosinhos, em 2009, ano em que concorreu como independente.

A+ / A-

O Ministério Público (MP) pede a condenação do ex-presidente da Câmara de Matosinhos, Narciso Miranda, pelos crimes de abuso de confiança e falsificação de documentos.

Juntamente com o antigo presidente estão a ser julgadas mais duas pessoas, o dono de uma empresa de construção e um empreiteiro, pela alegada prática, em co-autoria, dos mesmos crimes, para os quais o MP pediu também condenação.

Narciso Miranda está acusado de ter usado, em proveito próprio, 37.500 euros, dinheiro proveniente de uma subvenção estatal à sua candidatura à Câmara de Matosinhos, em 2009, ano em que concorreu como independente.

Na primeira audiência de julgamento, o ex-autarca realçou que a verba foi usada para fazer obras na sede de campanha Associação Narciso Miranda-Matosinhos Sempre.

Segundo sócios da associação, ouvidos em tribunal como testemunhas, antes das obras não era possível entrar no edifício devido ao seu "estado de degradação".

As intervenções foram "muitas", realçaram, porque "o prédio tinha pombas lá dentro, janelas partidas, um buraco no tecto e lixo no quintal".

Uma inspectora da Polícia Judiciária (PJ) afirmou, perante o colectivo de juízes do Tribunal de Matosinhos, que as buscas feitas à residência do ex-autarca tinham como objectivo encontrar uma fatura alusiva a obras, no valor de cerca de 30 mil euros, mas não a descobriram.

Outra inspectora da PJ explicou ter feito buscas a uma empresa de construção civil "à procura de uma fatura" com o mesmo valor, que viria a ser encontrada.

A leitura do acórdão está agendada para dia 3 de Dezembro, às 10h00.

Em Janeiro de 2015, o antigo presidente da Câmara de Matosinhos foi absolvido, enquanto líder de uma mutualista, dos crimes de simulação de roubo, abuso de confiança, peculato e participação económica em negócio.

Narciso Miranda estava acusado, enquanto presidente do conselho de administração da Associação de Socorros Mútuos de S. Mamede Infesta (ASMSMI), em Matosinhos, de adjudicar serviços a empresas de que faziam parte familiares, alguns deles de forma ilegal ou nunca realizados, e simular o roubo de um 'smartphone' para receber um modelo mais recente.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+