25 nov, 2015 - 22:23
Não há meios suficientes no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) para fazer a vigilância terrestre das entradas em Portugal. Preocupado com a falta de pessoal que afecta este organismo, o sindicato dos funcionários do SEF pediu uma reunião urgente à nova ministra da Administração Interna Constança Urbano de Sousa.
A sindicalista Manuela Niza Ribeiro está preocupada porque há 10 anos que não entra gente para a área policial e tem vindo a sofrer diminuição de pessoal também na área não policial na ordem dos 20%. “A situação começa a ser muito gravosa”.
Recorda que o SEF é um serviço “que tem de garantir a segurança do país, controlo de fronteiras e documentação de estrangeiros em território nacional”.
O controlo aéreo e marítimo está a ser garantido mas o mesmo não se pode dizer do controlo “não há possibilidade de efectivos para controlo de fronteiras total. É manifestamente impossível”.
A sindicalista alerta para o facto de estarem apenas no terreno cerca de 500 inspectores dedicados à área fronteiriça do nosso país.
Manuela Niza Ribeiro garante que não está em risco a segurança do país, mas sublinha que o trabalho é feito com muito esforço e dedicação dos funcionários e inspectores do SEF.
A falta de meios está ainda atrasar as concessões de autorizações de residência, entre outro tipo de questões documentais. “São seis meses de atraso e é inconcebível para quem precisa desse documento para trabalhar”.
Manuela Niza Ribeiro acrescenta, “tínhamos de ter concursos nos próximos anos para poderem entrar cerca de 135 pessoas tanto para a área policial e para a área não policial outro tanto”.
O sindicato dos funcionários do serviço de estrangeiros e fronteiras diz que quer fazer parte da solução e não do problema de falta de meios. O SINSEF mostra-se por seu lado agradado com a escolha da nova ministra a quem reconhece muita experiencia no terreno da administração interna e migração, “uma pessoa com um capital de confiança elevado”.