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Primeiro-ministro francês: "A Europa não consegue receber mais refugiados"

25 nov, 2015 - 13:05

Mais de 800 mil migrantes e refugiados chegaram em 2015 à Europa através do Mediterrâneo, segundo a ONU.

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Os países europeus atingirem os seus limites para fazer face à crise dos migrantes e refugiados. A Europa não pode aceitar mais ninguém, defende o primeiro-ministro francês.

“A Europa não consegue acomodar mais refugiados. Isso não é possível”, afirmou Manuel Valls numa entrevista ao jornal alemão “Sueddeutsche Zeitung”, defendendo um maior controlo das fronteiras.

A Europa enfrenta a pior crise de refugiados desde a Segunda Grande Guerra. A Alemanha tem recebido o grosso das cerca de um milhão de pessoas que se espera que cheguem este ano à Europa.

Valls argumenta que, se as fronteiras não forem controladas, “as pessoas vão dizer: basta, Europa”. Na opinião do governante francês, a solução para este problema passa por medidas aplicadas no Médio Oriente e não em solo europeu.

Nestas declarações ao jornal alemão, Valls evitou criticar directamente a decisão da chanceler alemã, Angela Merkel , que em Setembro decidiu abrir a portas do país aos refugiados, classificando esta atitude de “honrosa”, mas lembrou que “a França não lhes disse: Venham!”.

Mais de 800 mil migrantes e refugiados chegaram em 2015 à Europa através do Mediterrâneo. O número é da ONU, alertando para a situação na ilha grega de Lesbos, onde milhares dormem ao relento.

Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), 806.000 migrantes e refugiados atravessaram em 2015 o Mediterrâneo para chegar ao território europeu, dos quais a grande maioria, 660.700, passou pela Grécia e pelas ilhas gregas do mar Egeu. Um total de 3.460 migrantes morreu ou desapareceu durante a travessia, indicaram os mesmos dados.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) estima que, entre este ano e o próximo, 1,4 milhões de pessoas atravessem o Mediterrâneo em busca de segurança e protecção.

A Amnistia Internacional (AI) já divulgou um plano para uma acção concertada em oito áreas destinado a responder às crises de refugiados e na sequência do que designa por "falhanço moral catastrófico" dos líderes mundiais.

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  • 25 nov, 2015 Lisboa 14:05
    COM AS FRONTEIRAS ESCANCARADAS DEVE HAVER UM GRANDE CONTROLE, DEVE..... DAQUI A DEZ ANOS PODEMOS AGRADECER À POLITICADA DE HOJE A EUROPA SER TODA MULÇUMANA, HOMENS DE SAIAS E MULHERES DE BURCA E MORTAS À PEDRADA DE SE, SE PORTAREM MAL. NÃO ESQUECER QUE 10% DA POPULAÇÃO FRANCESA É MULÇUMANA!!

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