25 nov, 2015 - 12:10
A derrota do FC Porto na noite passada no Dragão, frente ao Dínamo de Kiev, fica ligada às opções de Lopetegui, na opinião de Jorge Amaral, antigo guarda-redes da equipa nortenha. “O treinador tem o seu dedo. O meio-campo anda amarrado e tem poucas ideias. Só o Rúben Neves dá um pouco de imaginação à equipa. O Tello pouco desenvolveu e o Brahimi pouco tem desenvolvido. A substituição ao intervalo (saída de Maxi Pereira) desorganizou a equipa e mexeu com tudo”, analisa o ex-jogador.
Jorge Amaral relaciona as opções de Lopetegui com a falta de chama do colectivo. “Não sinto a equipa a jogar à Porto. Não entendo porque não joga de início André André que neste momento é provavelmente o melhor jogador da equipa. O FC Porto com Maxi e André vale sempre mais e contagia os outros”, sustenta.
As explicações para o erro de Casillas
O “frango” de Casillas aos 64 minutos representou o xeque-mate no jogo, com o segundo golo do Dínamo de Kiev. “Saiu bem da baliza e pensou que só um leve toque na bola seria suficiente. Com o mau posicionamento da mão a bola entrou no canto contrário. Não deveria acontecer mas acontece a qualquer guarda-redes”, explica Jorge Amaral.
Iker Casillas no final do jogo assumiu a culpa. Jorge Amaral considera que a posição tomada pelo guarda-redes espanhol foi importante para atenuar a carga psicológica da derrota dentro e fora do balneário. “É sempre bom aliviar a carga porque as pessoas desculpam mais quando um golo desta natureza é sofrido por Casillas. Se fosse por Fabiano seria uma desgraça. Com as desculpas do Casillas tudo fica mais amenizado e a equipa mais tranquila”, argumenta.
Londres. Missão difícil mas não impossível
Depois da derrota da noite passada, o FC Porto é obrigado a vencer em Londres para garantir o apuramento, sem depender de terceiros. “Se fosse há um mês atrás era mais possível. Tem de ser uma grande noite do FC Porto em que tudo tem que correr bem. O Chelsea já perdeu em casa mas os níveis de confiança estão a crescer e a equipa inglesa não pode facilitar. Não é impossível mas é muito difícil”, conclui Jorge Amaral.