Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Anglicanos dos Estados Unidos têm novo líder

02 nov, 2015 - 16:23 • Filipe d'Avillez

Michael Curry é o primeiro afro-americano a presidir a esta Igreja e sucede a Catherine Jefferts-Schori, a primeira mulher a exercer o cargo de bispo presidente.

A+ / A-

A Igreja Episcopaliana tem um novo bispo presidente. Michael Curry, o primeiro afro-americano a presidir ao ramo americano da comunhão anglicana, tomou posse no domingo, numa cerimónia de três horas, em Washington. Tem 62 anos e durante os últimos 15 foi bispo da Carolina do Norte.

Curry sucede a Catherine Jefferts-Schori, que foi a primeira mulher a presidir a um ramo da Igreja anglicana, que é uma das mais liberais de toda a comunhão.

Durante a celebração, Curry explicou que o seu pai se tornou episcopaliano depois de ter visto a sua então noiva, que não pertencia à igreja, a ser convidada a comungar. Tudo aconteceu no sul da América numa época em que a segregação racial ainda era comum.

A cerimónia em si foi marcada por muita diversidade. Entre coros gospel e cânticos de índios americanos, o novo bispo presidente sublinhou que o seu papel é de trabalhar com todos os fiéis episcopalianos nos Estados Unidos, incluindo os conservadores, que nos últimos anos se têm sentido cada vez mais hostilizados pelas posições da hierarquia.

A Igreja Episcopaliana foi das primeiras a ordenar mulheres, inclusive ao episcopado, e na mesma reunião em que elegeu Curry aprovou uma liturgia para casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Estas posições têm sido causa de divisão no seio da comunhão anglicana, com as igrejas de África e da Ásia a cortar relações com o ramo americano.

A Comunhão Anglicana reúne as igrejas anglicanas de vários países, sob a orientação espiritual do arcebispo de Cantuária que não tem, porém, poder executivo. Portugal também está representado, através da Igreja Lusitana, que tem um bispo.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+