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Outubro bate recordes. Quase 220 mil migrantes e refugiados chegaram à Europa

02 nov, 2015 - 11:00

Apesar das más condições meteorológicas, milhares continuaram a tentar a sua sorte no mar. A grande maioria chegou à Grécia, principalmente à ilha de Lesbos, a partir da Turquia.

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Em Outubro, entraram na Europa quase tantos refugiados como em 2014
Em Outubro, entraram na Europa quase tantos refugiados como em 2014

Mais de 218 mil migrantes e refugiados atravessaram o Mediterrâneo para a Europa, em Outubro, o que representa um recorde mensal e quase o mesmo número de travessias registado no ano passado, anunciou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

O balanço mensal foi feito pelo porta-voz da organização, lembrando que em Setembro foram registadas 172.843 entradas.

“O número é um recorde que bate todos os meses até agora e está muito perto do valor total de 2014”, ano em que fizeram a travessia 219 mil, segundo Adrian Edwards.

Apesar das más condições meteorológicas, milhares continuaram a chegar à Europa. A grande maioria chegou à Grécia (210 mil), principalmente à ilha de Lesbos, a partir da Turquia.

Em Outubro, entraram 8.129 em Itália, contra mais de 15 mil para igual período no ano passado. Os peritos atribuem esta quebra a uma alteração da rota dos refugiados sírios que deixaram de passar pela Itália, alcançando a Europa através de Turquia e da Grécia.

O ACNUR vai publicar até final deste mês os dados revistos em alta para o número de chegadas em 2015, uma vez que, até agora, mais de 744 mil migrantes e refugiados já chegaram à Europa.

A mesma organização estima que, entre este ano e o próximo, 1,4 milhões de pessoas atravessem o Mediterrâneo em busca de segurança e protecção.

Cerca de 3.440 pessoas morreram ou foram dadas como desaparecidas na tentativa de atravessar o Mediterrâneo para chegar à Europa. A maioria das mortes ocorreu no trajecto para Itália.

Para fazer face a esta crise, a Amnistia Internacional (AI) divulgou um plano para uma acção concertada em oito áreas destinado a responder às crises de refugiados e na sequência do que designa por "falhanço moral catastrófico" dos líderes mundiais.

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  • António Costa
    02 nov, 2015 Cacém 23:47
    Sim e na justificação da Turquia para a INVASÃO da ilha de Chipre foi a de proteger a "minoria muçulmana" dos gregos. Agora as populações na sua esmagadora maioria muçulmanas fogem da Turquia para a Grécia? Como é? Não estavam mais protegidos na Turquia? A fugir para os países dos "cruzados"?

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