09 out, 2015 - 17:14 • José Pedro Frazão
Foi na parte final de um debate na Edição da Noite da Renascença sobre a situação da banca portuguesa. Questionado sobre o perfil do próximo ministro das Finanças, António Nogueira Leite desaconselhou a designação de "um académico que flutue acima dos problemas, mesmo que faça bons discursos ou tenha relações privilegiadas com A,B ou C lá fora”.
Ele mesmo professor catedrático, Nogueira Leite reconheceu a relevância de um ministro como Vítor Gaspar em determinada parte da legislatura marcada pelo programa de ajustamento económico e financeiro.
“Foi muito importante no caso do doutor Vítor Gaspar cuja relação com a troika e com a Alemanha foi absolutamente essencial em determinados momentos do processo. Mas agora a situação é diferente”, argumentava o gestor, que aconselhou Passos Coelho na campanha das legislativas de 2011.
O perfil do novo ministro das Finanças deve estar ligado ao que pode mudar na Administração Pública, defendeu Nogueira Leite
“O ministro das Finanças tem que ser alguém que ajude o Governo e que seja o mentor de um processo de reforma do Estado que todos prometem mas ainda ninguém concretizou de uma forma visível”, afirmou na Edição da Noite na primeira semana de campanha eleitoral.
Questionado sobre o nome de Paulo Macedo para a pasta das Finanças, Nogueira Leite não deixou dúvidas. "Paulo Macedo já mostrou que, entre muitas coisas em que podia ser bom, podia ser um bom ministro”, rematou o economista e antigo administrador da Caixa Geral de Depósitos.