09 out, 2015 - 10:46
Já foram retomadas esta sexta-feira de manhã as operações de remoção do arrastão naufragado na Figueira da Foz, depois de se ter conseguido aproximar o barco de terra em 35 metros durante a madrugada, disse o comandante Nuno Leitão.
Em declarações à agência Lusa, o porta-voz da Autoridade Marítima e comandante do Instituto de Socorros a Náufragos explicou que durante a noite a madrugada "a equipa de salvação marítima esteve a fazer operações de mergulho de forma a conseguir rebocar o arrastão para a zona interior do porto da Figueira da Foz".
"Durante o arco nocturno em que decorreram as operações, até às 3h00, conseguiu-se já movimentar 35 metros o arrastão para dentro da barra. A ideia é posicionar num local para fazer os trabalhos e tornar a barra transitável, já que tem estado fechada", adiantou.
De acordo com o responsável, as operações são retomadas com a perspectiva de que durante as duas marés desta sexta-feira o "problema possa estar resolvido para ver se estão dentro da embarcação as vítimas que ainda estão desaparecidas".
O naufrágio do arrastão Olívia Ribau na terça-feira provocou três mortos, dois pescadores continuam desaparecidos e outros dois foram resgatados com vida.
Na quinta-feira, a empresa de salvação marítima contratada pelo armador pôs o arrastão a flutuar, tendo este rodado e ficado em posição horizontal, embora virado ao contrário.
Um rebocador tentou, por duas vezes, puxar o navio naufragado à entrada da barra da Figueira da Foz para uma zona interior do rio Mondego, junto à chamada praia do Cabedelinho, mas os cabos soltaram-se. Com o aproximar da baixa-mar, a operação foi suspensa, tendo sido retomada pelas 23h00 e terminado pelas 3h00.
Nuno Leitão manifestou ainda a esperança de que os trabalhos de reboque do arrastão fiquem concluídos, mostrando a sua preocupação com as previsões meteorológicas para os próximos dias com "ondulação forte, vento e chuva".
"Vamos correr contra o tempo e aproveitar esta janela de oportunidade", concluiu.