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PSD/CDS e PS. O que os une e divide?

09 out, 2015 - 06:56 • Eunice Lourenço

Passos Coelho, António Costa e Paulo Portas estão reunidos esta sexta-feira, na sede do PSD.

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É mais o que os une do que o que os divide, mas o que os divide pode impedir um acordo para uma legislatura estável. Os líderes de PSD, PS e CDS estão reunidos desde as 9h00 desta sexta-feira, na sequência dos resultados eleitorais.

Nos seus cadernos e blocos de notas devem ter o essencial dos programas que levaram a votos.

A uni-los está a opção pela União Europeia, pelo euro, pela NATO, compromissos essenciais para o Presidente da República.

A dividi-los estão ideias que dizem mais à vida e ao bolso dos portugueses, nomeadamente as questões dos salários da função pública, da Segurança Social e dos impostos.


Salários da função pública

Neste ponto, o que os divide é uma questão de velocidade.

António Costa propõe uma reposição de salários mais rápida e o fim da sobretaxa em dois anos. A coligação defende que é mais seguro fazê-lo mais lentamente, mas as últimas execuções orçamentais permitem acelerar a descida da sobretaxa e, em entrevista à Renascença, durante a campanha eleitoral, Paulo Portas afirmou que, com estabilidade governativa e bom desempenho económico, a recuperação de rendimentos pode ser mais rápida do que consta no programa da coligação e no programa de estabilidade.


Segurança Social

Todos concordam que é preciso diversificar as fontes de financiamento, mas o PS quer financiar a Segurança Social com receita do IRC, o que PSD e CDS não aceitam.

A coligação recusa a descida temporária da taxa social única, uma medida emblemática do PS, mas que é rejeitada por toda a gente, da esquerda à direita.


Impostos

É o grande ponto de divisão. O PS quer alterar os escalões do IRS, aumentando o seu número para repor progressividade. A coligação só mexe neste imposto para aprofundar o quociente familiar.

António Costa quer descer o IVA da restauração, Passos Coelho considera que não é possível, mas o CDS veria a medida com muito bons olhos.

Em matéria de IRC, o actual líder socialista demarca-se do acordo feito com o governo pelo seu antecessor e não quer mais descidas deste imposto. A coligação considera essencial para a recuperação da economia prosseguir com a reforma do IRC.

Comentários
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  • Ó Carmom
    09 out, 2015 lx 12:13
    Hoje em dia, a tecnologia já substituiu a cassete já por "drive USB" e outras ferramentas audio...
  • Ó Jorge Ferreira
    09 out, 2015 pt 12:08
    Só isso?...Muito pouco! O PS não pode ceder nem abdicar, em muito mais, de acordo com os pontos fundamentais do seu programa eleitoral que apresentou claramente ao eleitorado, ao contrario da total falta de programa dos PSD/CDS, que com aproveitamento desonesto, só discutiram o programa do PS, para encobrirem a sua incapacidade de terem um programa não escondido. Para quem critica a falta de seriedade na politica, aqui está quem efectivamente não é sério!...
  • Esta direita
    09 out, 2015 lx 11:56
    ou entra nos eixos e mete o rabinho entre as pernas, ou então a porta espera-os para uma saida do pote! Estavam habituados ao "quero, posso e mando" tropedeando tudo e todos, e nunca imaginaram que, ao "ganharem claramente", perdendo 700 mil votos e 26 deputados, a vida deixaria de ser facil! Apesar do PS não ter ganho estas eleições, mas ganhou mais votos e mais deputados, pode-se dizer que "ganhou" ao concorrer e confrontar-se com 2 partidos coligados que não podem nem conseguem dialogar com mais ninguém! Estão agora aflitos! Isto sim , é que foi para eles, uma vitoria de Pirro!
  • Carmom
    09 out, 2015 Famalicão 11:49
    Enquanto as leis não forem iguais para a função pública e os privados,quer em regalias de horários quer em regime de pensões,nunca a justiça será reposta.Quem trabalha ou trabalhou no privado continua distraída,votando em quem os prejudica.Fazer cedências só para manter os lugares, mesmo prejudicando o país,não dignifica quem diz defende-lo.O governo actual prometeu reduzir as gorduras do estado,não cumpriu,será que agora vai ceder aumenta-las.
  • ao Renato Martins
    09 out, 2015 st 11:48
    e outros afins! Olhem que não! Olhem que não! Há mais seriedade e honestidade de compromissos dentro da esquerda do que com a esta direita de manhosos! Um primeiro-ministro, que andou a mentir durante 4 anos e a trapacear, juntamente com um outro manhoso irrevogável, mas na hora a seguir já revogável, um Marco António que anda a ser investigado, será que se pode ter credibilidade com gente desta? Para quem for serio e pretender efectivamente virar a página, para uma nova politica, deve confiar em António Costa, que já demonstrou ao longo de anos que não anda ao sabor do pote, mas sim da politica de compromissos, mas sérios!... Em Portugal não pode haver portugueses de primeira e de segunda, portanto todos devem contribuir para o desenvolvimento do país dentro das linhas gerais e principais, dos compromissos europeus. Se se vincularem e comprometerem a eles, porque não? Têm lepra? Tudo o resto, são papões que nos querem atirar para o ar! Ponto final! Vamos ver onde levam as negociações! Uma coisa é certa, António Costa merece toda a confiança, (mais uma vez querem atacá-lo e destrui-lo no seu carácter, mas isso será impossível), ao contrario dos outros, pelo acima expresso!
  • Paulo
    09 out, 2015 vfxira 11:39
    Gostava de ver um governo dito de "esquerda" PS + PCP +BE,para ver até que ponto conseguiriam dar a volta a esta situação de direita.onde a maioria do povo não lhes deu vitória.Será que Portugal tinha a ganhar? porque a perder continuamos sempre,falta só modificar a bandeira,para sermos uma provincia alemã ibérica.
  • Gas
    09 out, 2015 Leiria 11:22
    Se eu ao Antonio Costa exigia um lugar como vice do vice Primeiro Ministro.
  • Jorge ferreira
    09 out, 2015 Linda-a-Velha 10:51
    O fundamental mesmo é repor os escalões do IRS em vigor antes da reforma que implementou os agora existentes. Tem de haver um maior número de escalões e os casais sem dependentes (formalmente, mas não de facto face à atual crise, pois sustentam os filhos maiores de 25 anos) não podem ser tão prejudicados como são agora, com uma taxa elavadíssima, em que mais de metade do vencimento vai para o Estado (IRS, SS, CGA, ADSE, etc). O PS aqui não pode ceder.
  • Manel Fernandes
    09 out, 2015 Alverca 10:29
    Seja qual for a decisão, a grande realidade é que o povo Português está entalado.
  • marques
    09 out, 2015 vr 10:14
    Demagogia, silêncio e calma, patifaria na tua alma. Gostamos de ser empurrados para a miséria, a escravatura das pessoas é que é bom. Viva a traição, fome, peste e guerra.

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