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PSD e CDS estão na calha para formar Governo. Lembra-se do que prometeram?

07 out, 2015 - 15:14 • Ricardo Vieira

Dos impostos às reformas, da saúde à educação. Recordamos o que a coligação, convidada a formar Governo, prometeu aos eleitores.

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Passos Coelho disse um dia "que se lixem as eleições", mas acabou por ganhá-las.

A devolução gradual dos cortes aos trabalhadores e reformados, médico de família para todos e um IRS mais amigo das famílias com filhos foram algumas das promessas inscritas pela coligação PSD/CDS no seu programa eleitoral (leia-o em PDF).

Fim da sobretaxa de IRS nos próximos quatro anos

A coligação PSD/CDS (Portugal à Frente – PAF) promete devolver a sobretaxa aos trabalhadores e reformados, de forma gradual, até ao final da legislatura, em 2019.

O programa eleitoral prevê uma redução de 0,875 pontos percentuais por ano, mas o ritmo pode acelerar se houver “disponibilidade orçamental”.

Aprofundamento do quociente familiar em sede de IRS

Passos Coelho e Paulo Portas querem "aprofundar" o quociente familiar em sede de IRS. Para efeitos fiscais, cada filho passa a valer 0,4 em 2016 e 0,5 em 2017. O limite máximo do benefício passa para 2.250 euros em 2016 e para 2.500 euros no ano seguinte, como prevê a reforma do IRS.

Devolução gradual dos cortes na Função Pública

A "recuperação integral" dos salários dos funcionários públicos, até 2019, é outro dos compromissos da PAF. Serão devolvidos 20% ao ano, percentagem que até pode ser maior se houver folga orçamental.

Menos impostos para as empresas

A coligação vai prosseguir a reforma do IRC, imposto pago pelas empresas. O IRC deverá descer dos actuais 21% para 17% até ao final da legislatura, a um ritmo de um ponto percentual ao ano.

As reformas vão aumentar?

A PAF só garante aumentos para as pensões mais baixas no seu programa eleitoral e não avança valores. As restantes estão congeladas desde 2011 e assim poderão continuar nos próximos anos.

Em relação à contribuição extraordinária de solidariedade (CES), que é aplicada a pensões superiores a 4.611,4 euros, Passos e Portas prometem a “reversão em 50% em 2016 e sua abolição em 2017”.

Tecto máximo para descontos e pensões

Passos e Portas querem o plafonamento horizontal, em que os trabalhadores com salários mais elevados passam, a partir de um determinado limite, a ter a liberdade de optar por descontar para um sistema público, mutualista ou privado.

Segundo o programa eleitoral da Portugal à Frente, a Segurança Social recebe menos contribuições, mas no futuro pagará pensões menos elevadas.

Médico de família para todos

PSD e CDS dizem que agora é que é. O ministro Paulo Macedo falhou a meta de dar médico de família a todos os portugueses, mas a coligação garante que essa promessa será uma realidade “até ao final de 2017”.

Pré-escolar desde os quatro anos

A coligação promete a “universalização, até ao ano lectivo 2016/2017”, da oferta da educação pré-escolar desde os quatro anos e preparar o alargamento a crianças a partir dos três anos.

Em busca dos feriados perdidos

O PSD e o CDS propõem, “a partir de 2016 e com espírito de gradualismo, a revisão do acordo com a Santa Sé sobre a questão dos feriados religiosos, tendo em atenção a sua correspondência nos feriados civis”.

Comentários
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  • marques
    08 out, 2015 vr 12:28
    Até podem governar o planeta, o problema é falta credibilidade.
  • Francisco Martins Ro
    07 out, 2015 Braga 21:56
    Um acordo com quem se esquece de pagar a segurança social e mente ate as crianças?
  • h'ocanhão
    07 out, 2015 Vila Real 21:38
    Mas, afinal quem é o Partido mais votado? Em minha opinião é o PS. Se, assim for, estamos falados.
  • ilda
    07 out, 2015 santarem 20:48
    pena as pessoas não fazerem contas. PESSOAS COM 50 ANOS SÃO VELHAS PARA TRABALHAR , MAS NOVAS PARA A REFORMA. OS DESEMPREGADOS NÃO ARRANJAM TRABALHO DEVIDO À IDADE- MAS O GOVERNO CONTNUA A ESCONDER AS ESTATISTICAS ENSERINDO OS DESEMPREGADOS EM PROGRAMAS NAS ESCOLAS PROFISSIONAIS E A PARTIR DAÍ NAS ESTATISTICAS ESTÃO COMO EMPREGADOS, ESTE GOVERNO NÃO CHEGA A LADO NENHUM COM AS FRAUDES.
  • José Faria
    07 out, 2015 COVILHÃ 20:34
    O Senhor António Costa se tem interesse em mostrar que sabe governar então não tenha medo de ajudar o governo e faça coligação e mostre ao povo português que tem capacidade e esquecer o partido socialista e fazer o que prometeu na campanha. O dizer mal dos outros é fácil tem que haver honestidade e dar solução aos problemas
  • Nuno Manuel
    07 out, 2015 Cova da Piedade 20:23
    HÁ agora uma oportunidade única para um governo de esquerda que possa contribuir para. calmamente ir diminuindo a austeridade com que Psd e cds asfixiaram o país.Não a aproveitar seria um erro histórico.
  • passarão
    07 out, 2015 Toprres Novas 20:18
    "Segundo o programa eleitoral da Portugal à Frente, a Segurança Social recebe menos contribuições, mas no futuro pagará pensões menos elevadas". Ou seja pagará apenas reformas de miséria pois os mais ricos deixarão de pagar para o sistema publico, que assim ficará descapitalizado. Se isto é social democracia eu vou ali e já venho!!!!
  • Valentim Dias
    07 out, 2015 S. Pedro do Sul 19:38
    Onde estava o governo durante estes ultimos 4 anos que nunca quizeram dialogar com o PS? Abaixo com eles e tratar de formar um governo com PCP e Bloco. São pessoas como as outras ,e além disso se cometerem erros não fazem nada que estes mentirosos não tivessem feito.ABAIXO COM OS ARRUGANTES.
  • Jorge Correia
    07 out, 2015 Santarem 19:04
    Se estivéssemos num país decente e com regras transparentes, se estes políticos fossem honestos agora fariam como nas empresas. Estas promessas tinham de ser colocadas em agenda com a definição do compromisso claro por cada ano (e não vago como está) e estas estariam num documento assinado "por minha honra" e que era enviada uma cópia a cada contribuinte (pois afinal somos nós que lhes pagamos os salários, somos equivalentes aos accionistas da empresa chamada Portugal). Anualmente deveriam prestar contas ponto a ponto aos seus "accionistas", se não cumprissem os objectivos RUA. O que acham? Justo não? Pago e tenho o direito de exigir um bom trabalho. Mas em vez disso, quando lá chegam e depois de mais uma vez nos terem enganado nas campanhas eleitorais, são atacados por uma grave crise de Alzheimer. Os jornalistas e a oposição que façam este papel e vejam se daqui a 4 anos não "pia mais fino"...
  • Zakarias
    07 out, 2015 Alqueidão 19:01
    Vão formar (des)governo, mas por alma de quem? Ladrões e mentirosos nunca mais, o povo votou e disse!

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