07 out, 2015 - 12:16 • Teresa Almeida
O porta-voz da Comissão de Trabalhadores (CT) da Autoeuropa acredita que, tal como vêm afirmando os responsáveis da empresa, não há postos de trabalho em causa na unidade de Palmela, em consequência do escândalo de manipulação de motores a diesel.
"Não acredito que haja postos de trabalho em causa. É o que garante os directores da casa-mãe, e eu acredito", diz António Chora à Renascença, depois de se saber que,na fábrica de Palmela foram produzidos veículos com motores alterados.
Chora garante que não sabia que a fábrica de Palmela tinha fabricado qualquer veículo com motor alterado, lembrando que "os motores vem já montados da empresa-mãe, na Alemanha".
"Nós só os colocamos nos carros, nem fazemos testes”, reforça o porta-voz da CT da Autoeuropa de Palmela.
António Chora, que está na Alemanha, para participar uma reunião global de todas as fábricas do grupo, admite que a situação o está a deixar "apreensivo, mas ainda não muito preocupado”.
O dirigente assume ter elevada expectativa, tal como os seus colegas de todos os pontos da Europa, face às reuniões que vai ter em território alemão. "Amanhã e depois temos reuniões com as direcções da Volkswagen e esperamos que a solução seja boa para todos, porque não podemos ser nós a pagar este 'pato'”, declara.
"O que for decidido, será decidido para todas as fábricas do mundo, até para a nossa”, lembra.
O porta-voz da CT da Autoeuropa de Palmela lamenta que "uma empresa destas, uma das maiores, com os carros mais seguros do mundo e um líder de vendas, tenha ficado refém de meia dúzia de gente sem escrúpulos".
"Resta-nos esperar e acreditamos que o que se vai fazer é, acima de tudo, cortar gorduras em todos os projectos, embora ainda não tenhamos qualquer indica nesse sentido”, remata Chora, lembrando ainda que “em Palmela, trabalham milhares de pessoas”.