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Construção. Sindicato alerta para “centenas” de despedimentos “a curto prazo"

07 out, 2015 - 12:00

Na segunda-feira, a construtora Somague anunciou o despedimento colectivo de 273 trabalhadores, na sequência da retracção do mercado da construção nos países onde opera.

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O Sindicato da Construção Civil afirma que o recente despedimento colectivo na Somague é apenas “um de centenas” que vão ocorrer “a curto prazo” no sector e defende que uma “forte aposta na indústria transformadora” permitiria criar 121 mil empregos.

“Só poderá haver desenvolvimento e crescimento económico sustentado se houver uma forte aposta na indústria transformadora, quer pelo investimento público, quer pelo investimento privado”, disse o presidente do sindicato, Albano Ribeiro, em conferência de imprensa no Porto.

Para o sindicalista, os mais de 100 postos de trabalho seriam criados “em infra-estruturas de grande importância para a qualidade de vida e bem-estar dos portugueses”, com destaque para a reabilitação urbana, seguida da requalificação do parque escolar, a que se poderia adicionar a requalificação e modernização da via férrea, entre outros objectivos.

A alternativa, sublinha, é o desemprego ou a emigração de “milhares de trabalhadores” do sector da construção, que perdeu, nos últimos quatro anos, 197 mil postos de trabalho e viveu “a maior crise de sempre da [sua] história”.

Albano Ribeiro anunciou, por isso, que vai pedir uma audiência ao primeiro-ministro e a todos os grupos parlamentares, de modo a que seja evitada uma nova crise de grandes dimensões.

Na segunda-feira, a construtora Somague anunciou que vai despedir 273 trabalhadores no âmbito de uma reestruturação do grupo, motivada pela retracção do mercado da construção nos países onde opera, nomeadamente Angola, Moçambique e Brasil.

Comentários
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  • Carlos Fonseca
    07 out, 2015 Lisboa 16:45
    Não tenhamos a mínima dúvida que é isso que vai acontecer e que tem vindo a acontecer. Há empresas que vão despedindo dia a dia, outras optam por despedir aos "lotes". É uma tristeza o que está a acontecer, passou-se do 80 para o 8 e está-se a gerar uma tragédia com milhares e milhares de trabalhadores sem futuro, uma indústria destruida, competências e investimentos perdidos. A culpa é de quem diabolizou a construção. Criou-se essa ideia para enganar o povo. A construção bem gerida é essencial ao desenvolvimento porque faz desenvolver uma série de indústrias e serviços para além de modernizar o país. VEJAM O TREMENDO ERRO QUE ESTÃO A COMETER, SÓ POR CAUSA DOS VOTOS E DOS MAUS EXEMPLOS.

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