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Palestina não quer nova guerra com Israel

06 out, 2015 - 12:43

O primeiro-ministro israelita anunciou “uma luta até a morte contra o terror palestiniano”, após a morte de dois israelitas em Jerusalém.

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O Presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, afirmou esta terça-feira não querer que a violência e tensão em Jerusalém e na Cisjordânia escale para um novo confronto militar com Israel.

“Dizemos [aos israelitas] que não queremos nem um aumento das medidas de segurança nem uma escalada militar”, afirmou Abbas num encontro da Organização para a Libertação da Palestina (OLP). “Todas as instruções que demos às nossas agências de segurança, à nossa juventude e às nossas facções são no sentido de evitar o aumento da violência”, sublinhou.

A tensão aumentou no Médio Oriente e nas zonas ocupadas da Cisjordânia nas últimas semanas, fazendo aumentar as preocupações face a uma nova confrontação militar entre os arqui-inimigos, ainda que o conflito não tenha, para já, atingido a dimensão de outros do passado entre israelitas e palestinianos.

No domingo, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou que o Estado hebraico estava a “travar uma luta até a morte contra o terror palestiniano” e que tinha ordenado “a aceleração da demolição de casas dos terroristas”, entre outras medidas de resposta à morte de quatro israelitas desde quinta-feira.

A ordem foi cumprida esta terça-feira. As forças israelitas destruíram as casas de dois militantes palestinianos e selaram parte de Jerusalém.

De acordo com o comunicado do Governo de Israel, uma das habitações pertencia a um palestiniano que, em 2014, matou quatro rabinos e um polícia numa sinagoga de Jerusalém. Foi na altura morto pelos agentes policiais.

A outra casa destruída pertence a um palestiniano que morreu em Agosto de 2014 depois de o carro que conduzia ter embatido contra peões israelitas, também em Jerusalém.

No sábado, um palestiniano provocou a morte a dois israelitas e feriu uma criança, o que levou Netanyahu, recém-chegado da Assembleia Geral da ONU, a convocar os ministros da Defesa e da Segurança Interna e os responsáveis de segurança máxima, a quem deu ordens para um faseamento da resposta, “de modo a evitar o terror e deter e punir os agressores”.

Desde essa altura, dois palestinianos, um dos quais adolescente, morreram e cerca de 170 ficaram feridos em confrontos com o Exército israelita na Cisjordânia.

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