05 out, 2015 - 20:54
O homem que esta segunda-feira se barricou na Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Lagos, Algarve, "rendeu-se à polícia após oito horas de negociações com avanços e recuos, não tendo sido necessária a utilização da força".
Em conferência de imprensa, o comandante distrital de Faro da PSP, Viola da Silva, explicou que o homem, que acabou por libertar os reféns quando se entregou, tinha em sua posse duas armas - uma pistola de calibre 7.65 milímetros e uma caçadeira de canos serrados -, bem como várias munições, nomeadamente 29 cartuchos e 24 munições, e um punhal de mato.
Segundo o responsável, o homem, de 40 anos, entrou nas instalações pelas 9h15, fazendo três pessoas reféns, entre as quais a presidente da comissão, e feriu ligeiramente na cabeça, com um disparo de arma de fogo, um agente da PSP que chegou ao local depois de ter sido dado o alerta. Na origem da situação está um processo que envolve os filhos do detido.
"Após oito horas de negociações, com avanços e recuos, conseguimos convencê-lo a entregar os reféns e a render-se, não tendo sido necessário o uso da força", destacou.
Viola da Silva acrescentou que a polícia "procurou satisfazer as exigências do sequestrador, tendo sido estabelecidos todos os contactos com as pessoas com as quais ele pediu para falar".
"A PSP interveio de acordo com procedimentos habituais nestes casos, com a estratégia de negociar ao máximo e levá-lo à rendição", sublinhou o comandante distrital.
De acordo com Viola da Silva, os reféns libertados encontram-se bem de saúde e regressaram já às suas casas, enquanto o homem detido foi transportado para a esquadra de Lagos, tendo o caso passado para a competência da Polícia Judiciária.
Na operação policial estiveram envolvidos cerca de cem agentes da PSP, entre os quais da Unidade Especial de Polícia, e outros agentes da protecção civil, entre os quais do Instituto Nacional de Emergência Médica.