05 out, 2015 - 14:00
Dois em cada três eleitores inscritos não foram às urnas no concelho de Melgaço, no distrito de Viana do Castelo. Foi, assim, o mais abstencionista do país nas eleições legislativas de domingo, com uma percentagem de não votantes que ultrapassou os 67%.
Pelo contrário, o concelho do Sardoal, no distrito de Santarém, foi o município com a menor taxa de abstenção do país (29,53%), muito abaixo da média nacional, que se situou nos 43,07%.
Também o concelho vizinho de Vila de Rei, no distrito de Castelo Branco, registou níveis de afluência às urnas acima dos 70% e a segunda menor taxa de abstenção (29,57%).
Por círculos eleitorais, o mais abstencionista foi a Região Autónoma dos Açores (58,78%), para o qual contribuíram as taxas de abstenção acima de 60% registadas em Ribeira Grande, Vila Franca do Campo, Vila do Porto e Ponta Delgada.
Bragança (52,77%) e Vila Real (51,72%) seguem-se na lista de distritos mais abstencionistas do país, enquanto no extremo oposto Lisboa (39,58%), Porto (39,7%) e Évora (40%) foram os distritos onde a taxa de abstenção foi menor.
A taxa de abstenção em eleições legislativas tem vindo a aumentar em Portugal desde há 40 anos. De pouco mais de 8% em 1975, cresceu exponencialmente até aos 41,9% em 2011, depois de, em 2009, se ter registado uma taxa de 40,32%. Nas eleições de 4 de Outubro ficou nos 43,07% - a maior taxa de sempre registada em legislativas.
Para o escrutínio de domingo estavam recenseados 9.682.369 eleitores, segundo dados da Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna.
A coligação PSD/CDS-PP foi a força política mais votada nestas eleições, com 38,55% dos votos, seguida do PS, com 32,38%.